Fonte: Hypeness
Em abril de 2016 foi anunciada a existência de um gigantesco recife de corais na foz do Rio Amazonas, onde o rio deságua no Atlântico e sua água se mistura com a água salgada do oceano entre a Guiana Francesa e o estado do Maranhão. Para se ter uma ideia do tamanho da formação, o coral possui área total de 9.500 km², o que seria equivalente a seis cidades de São Paulo.
Para proteger a área, a ONG Greenpeace iniciou uma petição para que três petroleiras – a francesa Total, a brasileira Queiroz Galvão e a britânica British Petroleum (BP) – desistam dos blocos de prospecção na foz do Amazonas. Somadas, as empresas desembolsaram R$ 346,5 milhões pelas concessões.
O Recife da Amazônia tem um enorme potencial para novas espécies e também é importante para o bem-estar econômico das comunidades de pescadores ao longo da Zona Costeira Amazônica.
Atualmente, apenas cinco por cento do ecossistema foi mapeado e a vida dentro de grande parte do recife continua a ser um mistério. Os pesquisadores entender como este ecossistema funciona, incluindo questões importantes como seus mecanismos de fotossíntese com luz extremamente limitada.
Em 24 de janeiro de 2017, cerca de 40 profissionais – entre ambientalistas e pesquisadores – partiram de navio de Porto de Santana, no Amapá, equipados com um submarino com capacidade para duas pessoas. A equipe partiu com objetivo de registrar as primeiras imagens do ecossistema e chamar atenção para a importância de sua preservação. Os corais amazônicos são os primeiros do mundo encontrados em águas de pouca luminosidade e na desembocadura de um rio.