Arquitetos ensinam como criar sistema vertical de captação de chuva

Fonte: Catraca Livre

As chuvas deram uma trégua na crise hídrica, mas a escassez de água ainda é uma realidade nas nossas represas. Na Semana Mundial da Água, uma dupla de arquitetos decidiu compartilhar com a população uma solução que eles criaram e é capaz de gerar uma economia de até 50% no consumo mensal de uma casa padrão.

Revelada em primeira mão pelo Quem Inova, o Sistema Mano é uma tecnologia de captação e armazenamento de água de chuva para quem não tem espaço para cisternas tradicionais. Por ser modular e vertical, é flexível no tamanho e na posição, ocupa menos de 0,50 m² e é facilmente integrada à fachada do imóvel.

A água armazenada pode ser usada para qualquer finalidade não potável, como limpeza, irrigação ou descarga dos vasos sanitários. O equipamento tem a opção de ser combinado com instalações sustentáveis como telhado verde, jardim vertical e reúso de água cinza.

“Estamos disponibilizando o sistema para todos: tanto para os que gostam de colocar a mão na massa quanto para profissionais das áreas de arquitetura, engenharia e construção civil”, diz Uli Zens, coautor, com João Pedro David, do projeto feito no próprio escritório da Incriatório, na zona oeste de São Paulo, e que pode ser visitado.

“O objetivo é que qualquer pessoa possa fazer a instalação, ampliando o uso de uma solução que contribui para minimizar a escassez hídrica”, explica Zens. “Não é difícil, mas pode ser complexa dependendo da situação do local.”

Segundo ele, todos os componentes do sistema podem ser comprados em casas de construção e montados no local de instalação. Basicamente são tubos e conexões de PVC, os mesmos que são normalmente utilizados nas instalações domiciliares. Para ser melhor integrado à arquitetura do espaço, podem ser pintados nas cores da fachada.

Na ponta do lápis, a conta dos materiais básicos para um sistema genérico, como o da imagem acima, com tubos de 150 mm, altura de 200 cm e um armazenamento de 140 litros, custa menos de R$ 1.000. O valor aumenta para um volume de armazenamento maior, filtro especial, instalações e conexões necessárias para direcionar o fluxo para lugares variados.

Sobre o retorno econômico, Zens argumenta que, “quando não temos água nem para tomar banho, descobrimos que ela vale ouro; na seca, cada gota é um presente”.

E David complementa: “Se pensarmos em soluções como esta multiplicadas por várias casas e prédios, temos uma cidade muito menos frágil em termos de segurança hídrica e menos dependente de sistemas centralizados, como o da Sabesp”.

 

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