7 pontos de atenção antes de neutralizar seu evento!

7 pontos de atenção antes de neutralizar seu evento!

 

A neutralização de carbono é a opção mais comum de compensação ambiental em eventos. Isso acontece por ser um mecanismo recomendado pela ONU e presente nas normas internacionais de eventos sustentáveis, além de ser cada vez mais exigido por patrocinadores de eventos.

 

Porém, antes de realizar a ação é preciso seguir alguns cuidados para garantir que a neutralização de carbono seja efetiva. Para ajudá-lo, listamos 7 pontos para você ficar atento na hora de fazer a neutralização do carbono, seja internamente ou através de um prestador de serviço. Mas antes, você se lembra o que é a neutralização de carbono?

 

 

 

1 – Fontes de emissão de Gases de Efeito Estufa

 

A primeira etapa é garantir que todas as fontes de emissão de Gases de Efeito Estufa foram identificadas. Além das atividades que liberam CO2 diretamente, como transporte e uso de geradores de energia, outras atividades que afetam o meio ambiente também devem ser mapeadas, como o consumo de energia elétrica e a geração de resíduos, por exemplo.   

 

 

2 – Etapas do evento

 

O cálculo de emissões deve estar presente desde o planejamento do evento. Tudo deve ser pensado antes da ação acontecer. Nele, é preciso incluir todas as atividades realizadas durante a montagem e a desmontagem do evento,  não somente o durante a realização do mesmo. No caso de resíduos, por exemplo, a maior quantidade pode ser gerada na fase de desmontagem do evento.

 

 

 

3 – Metodologias de cálculo

 

Pesquise sobre qual tipo de metodologia está sendo usada para fazer o cálculo de emissões e se ela é reconhecida pelo mercado. Pois, para obter a emissão de CO2, gerada em um evento, é necessário realizar algumas conversões que acontecem através da multiplicação dos dados colhidos na etapa 1 (já mencionado) por um fator de emissão correspondente.

 

A base para esse cálculo deve ser realizada por meio dos fatores de emissões presentes em estudos e metodologias internacionalmente conhecidas como IPCC, CETESB e MCTIC.

 

Existem algumas ferramentas de cálculo que visam auxiliar todo esse processo, por exemplo, a ferramenta disponível no site do Programa Brasileiro de Emissões GHG Protocol. Use-a sem medo.

 

Para ter um conteúdo completo sobre o  como é feita a neutralização de carbono em eventos, baixe o infográfico abaixo.

 

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Baixe o infográfico - neutralizao carbono eventos

 

4 – Plantio de árvores x Créditos de carbono

 

É importante entender a diferença entre o plantio de árvores e a neutralização de carbono feita através da aquisição de créditos de carbono. Ciente das diferenças você pode fazer a opção mais conveniente para o seu tipo de evento.

 

No caso do plantio de árvores, a neutralização de carbono é algo a ser considerado para o futuro. As mudas plantadas precisam crescer e se desenvolver para capturar CO2 da atmosfera. Claro que existe todo o impacto positivo de um reflorestamento, mas em termos de neutralização de carbono essa é uma ação futura.

 

Já os créditos de carbono são emitidos sempre ex-post, ou seja, após a comprovação de sua contribuição na redução dos níveis de gases de efeito estufa. Os projetos já existem e estão em pleno funcionamento, não em fases iniciais de planejamento ou implantação. Portanto, a neutralização de carbono é realizada de forma imediata.

 

Diversos outros tipos de projetos podem emitir créditos de carbono, entre eles estão os projetos de reflorestamento e conservação de florestas, substituição de combustíveis não-renováveis e tecnologias limpas.  

 

 

5 – Acompanhamento do plantio

 

No caso de optar pela neutralização de carbono futura, é preciso ter mecanismos para acompanhar o crescimento e desenvolvimento das plantas. Questione as empresas que prestam esse serviço sobre o tempo de acompanhamento das mudas plantadas, geralmente elas já oferecem esse tipo de serviço incluído.  

 

Esse acompanhamento é necessário, pois para que uma muda consiga se desenvolver e se manter até a vida adulta, é importante que seja cuidada por 2 a 3 anos. Deve-se lembrar também que nos primeiros anos de desenvolvimento, costuma-se ter perda de 10% daquilo que foi plantado, ou seja, durante essa etapa são necessários alguns cuidados de reposição também.

 

 

6 – Créditos de carbono e Projetos certificados

 

Para gerar créditos de carbono, o projeto ambiental precisa ser certificado. isso significa que ele precisa ter um monitoramento frequente sobre a qualidade do projeto e ainda sobre a comprovação da redução de emissões totais ao longo do período.

 

Portanto, é preciso checar se o projeto gerador do crédito de carbono está inscrito em uma das plataformas reconhecidas como por exemplo, Markit Environmental Registry e a CDM – UNFCC (Plataforma oficial da ONU para Mecanismos de Desenvolvimento Limpo).

 

 

 

7 – Aposentadoria do crédito de carbono

 

Um crédito de carbono não pode ter duplicidade, ou seja, um mesmo crédito ser usado em duas neutralizações diferentes. Para controlar isso, fala-se em “aposentar” o crédito de carbono em nome do evento que foi neutralizado. Esse controle de “aposentadoria” de créditos deve ser fornecido pela empresa que prestou o serviço de neutralização.

 

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