Relatório do IPCC: O mundo precisa de “reduções imediatas, rápidas e em grande escala” das emissões de carbono

Mudanças climáticas já afetam todas as regiões do planeta, afirma IPCC. O alerta foi feito nesta segunda-feira (09/08/2021), pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que sintetiza o conhecimento sobre as bases físicas das ciências relacionadas ao clima.

O IPCC lançou ontem o sexto relatório em 32 anos. O último havia sido em 2013-2014. Ele mostra que o planeta aqueceu 1,09 graus desde a era pré- industrial e 1,07 disso é pela ação do ser humano. E até o meio do século pode chegar a 1,5 graus. É a primeira vez que a ciência quantifica a ação humana.

O relatório é fruto do trabalho de mais de 230 cientistas de 66 países, que passaram os últimos anos sintetizando mais de 14 mil estudos que representam o estado da arte da ciência climática. Ao todo, 517 pesquisadores contribuíram na elaboração do documento, 21 deles brasileiros. O IPCC também organizou as informações e as projeções climáticas ao redor do mundo por meio de um atlas interativo.

“Não é mais um debate sobre se as ações humanas dão causa à crise climática, mas do quanto. E o quanto, estimado pela primeira vez é estarrecedor (…). Além do mais, apesar de dizer que a chance de 1,5°C ainda existe, o documento também mostra que a janela para isso é estreita, e não comporta governos negacionistas”

Stela Herschmann, do Observatório do Clima, ao blog Ambiência na Folha.  “

O documento e o seu mapa interativo foram criados para servirem de base para governos, empresas e pessoas tomarem suas decisões. As projeções também devem ser utilizadas na implementação de estratégias corporativas relacionadas aos ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável) e ESG (Environmental, Social & Governance).

Segundo o documento, é inequívoco que a ação humana, por meio da emissão de gases de efeito estufa originados principalmente pela queima de combustíveis fósseis para geração de energia e, no Brasil, por mudanças no uso e cobertura da terra, aqueceu o sistema climático e que estão ocorrendo mudanças generalizadas e rápidas.

“É a primeira vez que um relatório do IPCC enfatiza a relação entre a poluição do ar urbana e as mudanças climáticas globais. Isso é extremamente importante porque 80% da população mundial viverá em cidades até 2050, que sofrerão simultaneamente os impactos das mudanças climáticas e da poluição do ar”

Paulo Artaxo, professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) e autor-líder do capítulo 6 do relatório. 

Alguns impactos da mudança climática, porém, já são irreversíveis, o que reforça a necessidade do mundo avançar com medidas de adaptação climática para reduzir o risco de perdas humanas e materiais. 

“Há mudanças irreversíveis mais óbvias, como o derretimento de geleiras: essa água não vai voltar a congelar. E há outras mais sutis, como a perda de biodiversidade. Se uma espécie é extinta, isso não é reversível”

Paulo Artaxo (USP), membro do IPCC, à Folha.

O Observatório do Clima lembra para quem ainda não entendeu o grau de risco, o que houve recentemente: calor de 49 graus no Canadá, incêndios, florestais na Sibéria, inundações na Europa Central, uma chuva na China – que em um dia foi equivalente a oito meses, frio no Brasil, e a maior seca em 91 anos. Conta que o degelo vai continuar, a elevação do nível do mar também. O que se trata agora é de tentar reduzir a intensidade desses eventos.

Neutralização de Carbono 

A realização de qualquer atividade nas empresas ou em eventos, seja ele de pequeno ou grande porte, resulta nas emissões de carbono (CO2) na atmosfera, contribuindo para o agravamento do aquecimento global.

A principal ferramenta brasileira de inventário de emissões de carbono é a do Programa Brasileiro GHG Protocol, disponibilizada pelo GVces, que faz o inventário de emissões e compensação ambiental através da neutralização de carbono, além de atuar efetivamente no combate às mudanças climáticas.

Para realizar a compensação de carbono, ocorre a coleta de dados das emissões de gases de efeito estufa (GEE) e, após a coleta é realizado o cálculo das emissões através do programa GHG Protocol. Depois de conhecer seu impacto ambiental em termos de kg CO2, realizamos a compensação ambiental através da neutralização de carbono.

Assim, todas as emissões de carbono emitidas são compensadas, na mesma proporção, pela aquisição de créditos de carbono em projetos, como os projetos apoiados pela Eccaplan Consultoria em Sustentabilidade.

Projetos que geram benefícios ambientais comprovados, podem gerar créditos de carbono. Eles podem ser adquiridos por quem está interessado em fazer a neutralização do carbono como forma de incentivar financeiramente tais projetos.  Esse é um exemplo do princípio “protetor-recebedor”, que significa remunerar quem deixou de explorar recursos naturais em benefício do meio ambiente e da sociedade.

Qual a importância de fazer a compensação ambiental?

Como vimos no Relatório do IPCC, os efeitos já são devastadores para o planeta que habitamos, com impacto direto na nossa saúde, na produção de alimentos e na economia. O principal fator responsável por esse aquecimento é a quantidade de gases de efeito estufa que são liberados todos os dias na atmosfera.

No tratado internacional mais recente sobre o clima, o Acordo de Paris, assinado em 2015, o Brasil assumiu o compromisso de reduzir em 37% suas emissões até 2025. Para isso é necessário conter o desmatamento, recuperar florestas e promover o desenvolvimento e utilização de tecnologias limpas. E as iniciativas devem partir de todos os atores da sociedade, incluindo as empresas privadas.

Entenda de forma rápida e fácil a neutralização vendo o vídeo abaixo!

Saiba mais sobre a Eccaplan

A ECCAPLAN tem por objetivo auxiliar organizações na gestão da sustentabilidade, fornecendo um diagnóstico de suas atuações socioambientais, analisando riscos e oportunidades para cada negócio, a fim de melhorar a performance das organizações sob a ótica das melhores práticas de sustentabilidade do Brasil e do mundo.

Realizamos Inventários de Emissões para realizar a neutralização de carbono, utilizando a metodologia GHG Protocol e auxílio na renovação do licenciamento ambiental para CETESB.

Além de relatórios de sustentabilidade nas diferentes diretrizes como: GRI – Global Reporting Initiative, ISE – Índice de Sustentabilidade Empresarial e CDP – Carbon Disclosure Project.

Fonte das informações: Relatório do IPCC, ClimaInfo e Observatório do Clima.