O hidrogênio pode ser a chave para a transição energética, desde que medidas sejam adotadas imediatamente para aumentar sua utilização e reduzir seu custo – aponta um estudo da Agência Internacional de Energia (AIE) publicado nesta sexta-feira (14), em Paris.
“O hidrogênio se beneficia atualmente de uma dinâmica sem precedentes”, disse o diretor-executivo da AIE, Fatih Birol, graças, em particular, aos esforços das autoridades públicas, mas também de empresas em setores como energia, automóveis e tecnologia.
O número de projetos no mundo está aumentando rapidamente, indica o relatório, feito a pedido do Japão no âmbito da cúpula do G20.
A AIE alerta, no entanto, que ainda há medidas a serem tomadas, em especial para reduzir o custo do hidrogênio.
O hidrogênio produzido a partir da energia verde ainda é caro. Os custos de produção poderiam diminuir em 30% até o final de 2030, porém, graças à “queda dos preços das energias renováveis” e a uma “mudança de escala da produção de hidrogênio”, explicou a agência.
Hoje, o hidrogênio é produzido quase inteiramente com base em gás e carvão, o que provoca a emissão de 830 milhões toneladas de CO2 por ano. Esse total equivale às emissões combinadas de Reino Unido e Indonésia.
Outra dificuldade é que o desenvolvimento de infraestruturas é lento e impede a adoção de hidrogênio de forma generalizada, segundo a AIE.
É por isso que a agência recomenda a criação de infraestruturas como gasodutos para o gás natural.
O hidrogênio, que está envolvido na fabricação e no refino de produtos químicos, pode “reduzir as emissões de carbono em alguns setores”, especialmente o de transportes, incluindo de longa distância, bem como o setor químico e a indústria metalúrgica.
Fonte: G1