Fonte: ONUBR
Os países da América Latina e do Caribe reafirmaram no início de outubro em Bogotá, na Colômbia, seus compromissos por um planeta livre de poluição, durante a consulta regional para a terceira Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEA), que acontece no início de dezembro em Nairóbi, no Quênia.
Na região, 100 milhões de pessoas vivem em áreas suscetíveis à poluição do ar — com risco de desenvolverem doenças respiratórias e outros problemas de saúde — e pelo menos 25 milhões estão em contato direto com águas poluídas originadas em áreas urbanas.
Os ministros do Meio Ambiente e oficiais de alto nível presentes no encontro manifestaram apoio aos trabalhos que já estão sendo realizados para a formulação da Declaração Ministerial na UNEA, que refletirá a preocupação mundial com a poluição e seus efeitos devastadores sobre a natureza, vida selvagem e saúde humana. A UNEA é o fórum decisório mundial de mais alto nível sobre questões ambientais.
A consulta regional aconteceu durante a reunião do Fórum de Ministros do Meio Ambiente da América Latina e do Caribe, que ocorreu de 10 a 13 de outubro. O ministro de Meio Ambiente e Energia da Costa Rica, Edgar Gutiérrez Espeleta, eleito presidente da terceira UNEA, declarou: “a poluição destrói ecossistemas e dificulta o crescimento econômico”.
“Ela é um obstáculo para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. A voz da América Latina e Caribe e de todas as regiões é fundamental para efetivar a dimensão ambiental da Agenda de 2030”, disse.
Luis Murillo, ministro de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Colômbia, abordou em sua fala o tema do ODS 17, lembrando a importância fundamental de parcerias para o alcance da Agenda. “Estamos empenhados em construir novas parcerias no intuito de encontrar soluções inovadoras para a poluição na região. Essas alianças público-privadas nos ajudarão a atingir um desenvolvimento mais inclusivo e sustentável”.
“A América Latina e o Caribe lideram iniciativas ambiciosas que podem ser replicadas por outras regiões para combater a pobreza e assegurar um desenvolvimento próspero em paz e harmonia”, disse Leo Heileman, diretor regional da ONU Meio Ambiente.
Heileman reconheceu que a região enfrenta desafios complexos e difíceis de serem resolvidos no curto prazo, como os efeitos das mudanças do clima e a poluição marinha. No entanto, ele convocou os países a transformarem esses desafios em oportunidades de desenvolvimento sustentável e em uma fonte de mudanças de longo prazo.
Durante o encontro, os funcionários supervisionaram o andamento das decisões adotadas no 20º Encontro do Fórum de Ministros do Meio Ambiente, que ocorreu em Cartagena, Colômbia, em 2016.
Os representantes revisaram a evolução das iniciativas regionais em educação para o desenvolvimento sustentável, produção e consumo sustentáveis, acesso à informação, participação pública e justiça em questões ambientais, redução da poluição do ar, integração da biodiversidade para o desenvolvimento sustentável, entre outros.