Fonte: Conexão Planeta
Com o intuito de colaborar com o plano anunciado pela União Europeia, em julho último, para reduzir emissões de gases de efeito estufa (GEE), a Alemanha anunciou que adotará medidas que viabilizem o fim da fabricação de carros movidos a combustão até 2030.
Assim, todos os carros novos deverão ser produzidos sem emissão de qualquer poluente. Para tanto, o governo garante incentivos fiscais e opões financeiras às indústrias que aderirem a esse tipo de produção, como é o caso dos carros elétricos (como já noticiamos, aqui), cuja presença nas ruas e nas estradas do país só cresce. Hoje, dos 45 milhões de veículos que integram sua frota, 25 mil são elétricos (e 150 mil, híbridos).
Na guerra contra a poluição e o aquecimento global, o governo alemão ainda promete subsídios para o transporte coletivo (trem, metrô, ônibus etc), para serviços de compartilhamento de carros e também para o uso de bicicletas no dia-a-dia. Recentemente, o país anunciou a produção do primeiro trem não poluente do mundo, movido a hidrogênio, como mostramos, aqui, no Conexão Planeta.
Todo esse esforço vem do entendimento não só do governo, mas também da sociedade, de que será muito difícil descarbonizar o país focando na indústria em geral e na agropecuária, ambos vilões de peso nessa batalha. A saída mais rápida e viável foi repensar a mobilidade, também importante na conta da emissão de gases nocivos à saúde. Afinal, a Alemanha é o terceiro maior produtor de carros movidos a combustão do mundo.
Nenhuma dessas medidas está garantida pela lei, mas, como foram aprovadas pelo poder legislativo alemão – e atendem as estratégias da União Europeia -, revelam seriedade e compromisso. Quem sabe essa atitude inspira outros países europeus.