A ONU prevê que até 2030 dois terços do mundo (!!) estará morando em cidades. Marco histórico para nossa sociedade, que já vêm abandonando o campohá décadas. Como garantir alimentos para todos nesse cenário? Estudo liderado pelo Estado do Arizona, nos EUA, e pelo Google, publicado na Earth’s Future, aponta que a solução para a população urbana está na agricultura local.
Segundo a publicação, a agricultura urbana tem potencial para ser responsável pela produção de 100% dos vegetais consumidos pelos moradores das cidades – reduzindo assim os custos (e as emissões!) com transporte. A prática é essencial para garantir comida na mesa nas metrópoles, mas a forma como será executada pode variar: fazendas verticais, cultivos nos telhados dos prédios, refúgios urbanos… Alternativas não faltam!
E os benefícios não param por aí! Além de alimentar os milhares de novos habitantes das cidades, as fazendas urbanas podem melhorar as ilhas de calor nos centros urbanos, amenizando o clima local e aumentando a qualidade de vida da população.
Ao analisar o sistema do Google Earth, os pesquisadores chegaram a conclusão de que a agricultura urbana que já existe no mundo equivale a US$ 33 bilhões em controle biológico, polinização, regulação de clima e formação de solo. Benefícios que não tem preço…
E o que vem pela frente pode ser ainda mais promissor: produção de 100 a 180 toneladas de alimentos, economia de energia de 15 bilhões kWh, sequestro de até 170 mil toneladas de nitrogênio, entre outros benefícios, que somam até US$ 160 bilhões de ganho na economia mundial por ano, em um cenário de agricultura intensa. Vale ou não vale a pena?
Foto: Linda N.