A importância de um Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE)

Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) e como ele pode ajudar empresas a monitorar, reduzir e compensar suas emissões

Inventário de Gases de Efeito Estufa

Realizar um Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa é importante, pois de alguma forma todas as pessoas e empresas impactam o meio ambiente com as emissões de GEE, seja pelo consumo de energia, consumo de combustível, geração de resíduos, etc.

No dia 9 de maio de 2015, dois diferentes observatórios internacionais confirmaram a concentração recorde de 400 partes por milhão de CO₂ na atmosfera, atingindo um dos mais terríveis legados da nossa geração. Segundo o alerta da comunidade científica – especialmente do grupo de aproximadamente 2.500 cientistas reunidos no Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU – chegamos ao patamar considerado de risco para o aumento dos fenômenos climáticos extremos. Partindo-se dessa urgência e necessidade de entendermos e reduzirmos nossos impactos, a elaboração de Inventário de Emissões de GEE é o primeiro passo para que uma instituição ou empresa possa avaliar como mitigar suas ações sobre às mudanças climáticas.

O Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa permite mapear as fontes de emissão de GEE de um processo, setor econômico, atividade, empresas e organizações, cidades, estados e países, quantificando, monitorando e registrando anualmente essas atividades.

Se realizado regularmente, o Inventário de GEE se torna uma ferramenta de gestão de gases, possibilitando conhecer o perfil das emissões de GEE da entidade inventariante. Geralmente, os Inventários de GEE corporativos são realizados com recortes temporais anuais, facilitando o seu planejamento. Empresas que possuem um sistema de gestão e monitoramento de emissões de gases de efeito estufa, os resultados podem ser obtidos com maior frequência, normalmente mensais. Um monitoramento mais frequente de emissões é fundamental para o acompanhamento de metas e de avaliação da atuação dos investimentos em equipamentos, tecnologias e processos de baixa emissão.

Fontes de Emissão dos Gases de Efeito Estufa

Várias fontes antropogênicas contribuem para as emissões de gases de efeito estufa. A fonte principal é a queima de combustíveis fósseis.

A queima de combustíveis fósseis (gás natural, carvão mineral e, especialmente, petróleo) ocorre principalmente pelo setor de produção de energia (termelétricas), industrial e de transporte (automóveis, ônibus, aviões, etc.), equipamentos que consomem eletricidade. Além disso, os reservatórios naturais de carbono e os sumidouros (ecossistemas com a capacidade de absorver CO2) também estão sendo afetados por ações antrópicas.

Protocolo de Kyoto regula seis gases de efeito estufa controlados pelos Inventários de GEE, os mais comuns são:

  • CO2 (Dióxido de Carbono)
  • CH4 (Metano)
  • N2O (Óxido Nitroso)
  •  SF6 (Hexafluorido de Enxofre)
  • HFC (Hidrofluorcarbonos)
  • PFC (Perfluorcarbonos)

Benefícios do Inventário de Emissões

Medir as emissões de carbono pode trazer diversos benefícios para o próprio negócio não restritos às questões ambientais, as vantagens são, inclusive, legais e econômicas.

Pensar na sustentabilidade, em vários casos, pode ser sinônimo de maior competitividade e melhor imagem da marca no mercado. Veja a seguir algumas razões para fazer um inventário de emissões de gases de efeito estufa.

  • Alcance de novos mercados
  • Obtenção do Selo Ambiental
  • Avaliação de risco e oportunidades
  • Antecipação à legislação sobre mudanças climáticas
  • Possibilidade de participação no mercado de carbono
  • Compensação das emissões de GEE

Como produzir um Inventário de Emissões

Para elaborar um inventário de GEE é necessário seguir protocolos e normas disponíveis. Atualmente, a norma mais utilizada é o Greenhouse Gas Protocol (GHG Protocol), compatível com a ISO 14.064. O GHG Protocol foi adaptado para o nosso contexto nacional, surgindo o Programa Brasileiro GHG Protocol (PBGHGP). Para fins de métodos de quantificação, a referência mais importante é o IPCC Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories.

Além disso, os inventários podem ser analisados por terceiros, essa medida visa atestar a qualidade dos dados apresentados e assegura uma avaliação sob os dados de emissão de gases de efeito estufa da instituição.

Vantagens de realizar a verificação

Para a empresa:

  • Identificação de oportunidades de melhoria nos processos internos
  • Redução significativa dos erros: maior precisão no cálculo das emissões
  • Dados mais confiáveis, conferindo maior confiança na tomada de decisão
  • Estabelecimento de processos de coleta de dados

Para o público (stakeholders):

  • Reconhecimento das empresas a partir da qualificação com o selo ouro (GHG Protocol)
  • Maior credibilidade nos resultados publicados
  • Informações padronizadas e garantia de haver sido realizado um procedimento pré-estabelecido

Conceitos utilizados no Inventário de Emissões

As fontes de emissão direta e indireta foram definidas em três escopos para melhorar a transparência e ser útil a diferentes organizações e políticas climáticas.

  • Escopo 1 (Obrigatório) – Emissões diretas de Gases de Efeito Estufa (GEE) provenientes de fontes que pertecem ou são controladas pela empresa.
  • Escopo 2 (Obrigatório) – Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) provenientes da geração de energia consumida pela empresa e suas unidades nos seus limites organizacionais.
  • Escopo 3 (Opcional) – Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) provenientes de fontes que não pertecem ou não são controladas pela empresa.

Compensação Ambiental

Compensar as emissões de CO₂ de um evento também é conhecida como neutralização de carbono ou neutralização de CO₂. Para fazer esse tipo de compensação ambiental, é fundamental que todas as emissões de carbono geradas durante a montagem, realização e desmontagem do evento sejam calculadas usando metodologias oficiais e assim garantir um benefício ambiental na mesma proporção do dano.

Projetos que geram benefícios ambientais comprovados, podem gerar créditos de carbono. Eles podem ser adquiridos por quem está interessado em fazer a neutralização do carbono como forma de incentivar financeiramente tais projetos.  Esse é um exemplo do princípio “protetor-recebedor”, que significa remunerar quem deixou de explorar recursos naturais em benefício do meio ambiente e da sociedade.

Como a Eccaplan pode ajudar?

A ECCAPLAN tem por objetivo auxiliar organizações na gestão da sustentabilidade, fornecendo um diagnóstico de suas atuações socioambientais, analisando os riscos e oportunidades para cada negócio, a fim de melhorar a performance das organizações sob a ótica das melhores práticas de sustentabilidade do Brasil e do mundo.

Realizamos Inventários de Emissões utilizando a metodologia GHG Protocol e auxílio na renovação do licenciamento ambiental para CETESB.

Além de relatórios de sustentabilidade nas diferentes diretrizes como: GRI – Global Reporting Initiative, ISE – Índice de Sustentabilidade Empresarial e CDP – Carbon Disclosure Project.

Ah, se ainda tiver alguma questão que não foi esclarecida abaixo, você pode entrar em contato direto com a gente pelo inventario@eccaplan.com.br

 

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