Fonte: Rede Nossa SP
Divulgada pela Rede Nossa São Paulo, pesquisa sobre Mobilidade Urbana revela também, entre outros dados, que maioria é favorável à construção e ampliação de corredores e faixas exclusivas de ônibus
Quase metade dos paulistanos (49%) afirma que está utilizando o automóvel particular com menor frequência, se comparado aos últimos doze meses. Outros 27% dizem que utilizam de forma igual e 22% ampliaram a frequência de uso.
Os dados são da pesquisa sobre Mobilidade Urbana divulgada nesta segunda-feira (19/9) pela Rede Nossa São Paulo, em evento público ocorrido no Salão Nobre da Câmara Municipal paulistana.
O levantamento, realizado pelo Ibope Inteligência, revela ainda que 92% dos entrevistados são favoráveis à construção e ampliação de corredores e faixas exclusivas de ônibus e que 88% apoiam a aplicação de multa para veículos que param em cima da faixa de pedestres.
Além disso, 76% dos paulistanos disseram ser favoráveis à utilização exclusiva de ruas e avenidas, como a Paulista, para o lazer e a circulação de pedestres e ciclistas aos domingos. Esse índice subiu 12 pontos porcentuais em relação à pesquisa do ano passado, quando o apoio à medida era de 64%.
Por outro lado, a diminuição da velocidade máxima nas principais ruas e avenidas da cidade, tema de debate desde sua implementação, continua dividindo a população. A medida é apoiada por 47% dos paulistanos, enquanto 50% manifestam-se contrários.
Questionados sobre as áreas mais problemáticas de São Paulo – e podendo citar até três áreas –,58% apontaram a saúde. O desemprego foi a segunda opção mais citada, com 49%, revelando um aumento significativo em relação ao levantamento de anos anteriores.
Em 2010, o desemprego correspondia a apenas 10% das citações e estava em nono lugar entre as principais preocupações dos moradores da cidade. Já em 2105, o índice subiu para 33% e ficou em quarto lugar no ranking.
Abastecimento de Água, área que chegou a figurar em sétimo em 2015, volta a ficar entre os últimos lugares.
A poluição do ar continua sendo indicada como o tipo de poluição mais grave na cidade (64%). Aproximadamente dois em cada três paulistanos declaram já ter ocorrido problemas de saúde decorrentes da poluição do ar em seu domicílio.
De acordo com a pesquisa sobre Mobilidade Urbana, que foi apresentada no evento por Márcia Cavallari, CEO do Ibope Inteligência, o tempo médio diário de deslocamento do paulistano para realizar sua atividade principal aumentou 17 minutos em relação ao ano passado, indo para 2 horas e 1 minuto.
O tempo médio para se deslocar em todas as suas atividades diárias ficou 20 minutos maior, comparado ao mesmo período, subindo para 2 horas e 58 minutos.
Manifesto em Defesa da Vida
Durante o evento, a Rede Nossa São Paulo divulgou o Manifesto em Defesa da Vida – Não Corra, Não Mate, Não Morra!
Antes de fazer a leitura do documento, o coordenador-geral da Rede Nossa São Paulo, Oded Grajew, destacou que a organização é apartidária. “Nosso partido é melhorar a qualidade de vida da população”, explicou.
Segundo ele, a coisa mais importante, e que todos deveriam se preocupar, é preservar a vida das pessoas. “É isso que está em jogo na cidade de São Paulo”, argumentou.
O Manifesto em Defesa da Vida afirma que “dezenas de organizações da sociedade civil apoiam a diminuição da velocidade nas ruas de São Paulo, a implantação de ciclovias e a valorização do pedestre e do transporte público. Assim como também apoiam e cobram o controle sobre as emissões veiculares”.
Em sua parte final, o documento defende que o próximo prefeito ou prefeita de São Paulo mantenha e prossiga com todos os avanços conquistados em mobilidade urbana.
“Nenhum aumento de velocidade em nossas ruas, avenidas e marginais! Queremos mais ruas e avenidas com tráfego calmo, corredores de ônibus, ciclovias e calçadas decentes. E muito menos poluição! Queremos uma cidade que defenda a vida, muito mais humana, justa, democrática e sustentável!”, conclui o manifesto.
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