Painéis solares na represa de Sobradinho: uma nova alternativa para geração de energia

A Companhoa Hidrelétrica do São Francisco (CHESF) instalou 7,3 mil módulos de placas solares em uma área aproximada de 10 mil metros quadrados no reservatório da Usina Hidrelétrica de sobradinho, no rio São Francisco, na Bahia.

Os equipamentos tem capacidade de gerar 1 megawatt-pico (MWp), desde dezembro de 2018. Até agora, haviam montados sistemas similares apenas em terra. A plataforma flutuante é fixada no funco do reservatório por cabos e ainda serão instalados contêineres de conversão de energia em corrente contínua para corrente alternada, adequada para ser enviada às linhas de transmissão da usina.

Acredita-se que esse novo método flutuante fotovoltaico, resfriado pela água e pelo vento, seja mais eficaz do que as placas instaladas em terra já que acabam perdendo eficiência como calor forte. Os efeitos dessa produção de energia sobre a fauna fluvial ainda são incertos.

Com um custo estimado em R$56 milhões, a nova usina solar deve ser concluída no segundo semestre de 2019, com a instalação de outras 42,7 mil placas na região e com uma ampliação da capacidade de geração de energia para 4 MWp, o suficiente para garantir o fornecimento de energia para até 20 mil casas.

Com esse projeto a CHESF pretende viabilizar as usinas flutuantes em termos técnicos, econômico e ambientais. Se tiver êxito, elas poderão ser aplicadas em outros reservatórios ou mesmo em rios de superfície ampla, como os da Amazônia e do Centro-Oeste, evitando a desapropriação de terras e reduzindo as perdas de energia.

 

Fonte: Revista FAPESP

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