Emponderamento das mulheres através da permacultura alimenta 6 mil famílias refugiadas na Uganda

Em um campo de refugiados no norte da Uganda, localizado em uma cidade chamada Palabek, pessoas chegam com apenas algumas mudas de roupas em suas bagagens. Como “boas vindas” o governo consegue prover uma lona, uma tenda, uma garrafa d’água, uma panela e um cartão que garante comida suficiente para enganar a fome. A África Subsaariana é lar de mais de 26% da população mundial de refugiados!

A ONG African Women Rising (AWR) se organizou para educar mulheres e meninas na região de Palabek, focando na alfabetização, micro-finanças e agricultura. As lições de permacultura acabam fazendo a diferença na vida das pessoas, possibilitando prosperidade no novo lar.

A permacultura sistematiza tecnologias ancestrais e atuais de diversas áreas do conhecimento para criar assentamentos humanos sustentáveis. É uma metodologia que ajuda a gerar renda em uma propriedade rural (ou urbana), economizar tempo e ainda nos permite viver em harmonia com a Natureza. Resumindo: morar coletivamente neste planeta sem destruí-lo. Para que isso seja possível, orienta-se por 3 princípios éticos: cuidar da terra, cuidar das pessoas e cuidar do futuro.

Por quê empoderar mulheres?

“A visão da AWR é construir igualdade social, econômica e política para mulheres e meninas na África”, acredita seus fundadores, que tocam a ONG desde 2006. Através do aumento da produção de alimentos, gestão de recursos naturais, segurança financeira e educação básica, a ideia é capacitar mulheres africanas a reconstruírem suas vidas após a guerra.

O papel social da mulher, para a maioria das culturas, é cuidar das crianças e manter o funcionamento da família. Em um cenário pós-guerra essas tarefas são praticamente impossível. Como se não bastassem os óbvios obstáculos, elas enfrentam desafios ambientais como seca, erosão, escassez de água e mudanças climáticas.

Viúvas, ex-sequestradas, ex-combatentes, mães de meninas, órfãs, HIV positivas, avós responsáveis por netos são o público alvo do programa. Todas sobrevivem, em média, com menos de um dólar por dia.

Fonte: The Greenest Post

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