Além de menos poluentes, ônibus híbridos e elétricos são silenciosos

Fonte: GHG Protocol

Além de menos poluentes, ônibus híbridos e elétricos são silenciosos A principal diferença desses veículos quando comparado com veículos convencionais movidos à diesel é o silencio do motor.

Atualmente, diversas cidades do Brasil e do mundo concentram esforços na busca pela redução das emissões de gases de efeito estufa. O transporte é um dos setores que mais contribui para o aquecimento global, sendo responsável por 22% das emissões devido ao consumo energético. Nesse contexto, aparecem os ônibus híbridos e elétricos como alternativas ao transporte público convencional. A Prefeitura de Belo Horizonte disponibilizou veículos desse tipo para serem testados pela população em atividade parte do Seminário Internacional Mobilidade Urbana e Meio Ambiente, organizado pelo WRI Brasil Cidades Sustentáveis em parceria com a BHTrans e com apoio da Embaixada Britânica.

A principal diferença desses veículos quando comparado com veículos convencionais movidos à diesel é o silencio do motor. O usuário mal percebe a partida e aceleração do ônibus, já que o barulho quase não existe.

Ambos os veículos não estão em funcionamento ainda na capital mineira. No entanto, o ônibus elétrico está em fase de testes. Em dezembro do ano passado, duas linhas do transporte coletivo municipal passaram a operar com ônibus elétrico, da empresa BYD do Brasil.

O veículo é 100% elétrico e alimentado por baterias de fosfato de ferro, considerada a mais limpa e segura do mundo e com emissão zero de gases poluentes. Os motores, embutidos nas rodas, proporcionam um acesso muito mais fácil e agradável ao usuário na hora de embarcar no ônibus. O sistema de carga permite o carregamento total do veículo em apenas cinco horas e uma autonomia de 250 quilômetros. Uma das vantagens desse modelo é que possui menor custo de manutenção do que o custo de um ônibus diesel. Apesar dos testes, ainda não há previsão de incorporação do veículo à frota do transporte coletivo de Belo Horizonte.

Com seus dois motores, o híbrido combina o motor a combustão e o motor elétrico. Ao dar a partida, apenas o motor elétrico é acionado, o que não libera gases poluentes na atmosfera. Após atingir uma determinada velocidade, o sistema aciona o motor a diesel. A cada parada, apenas o motor elétrico é acionado para as arrancadas. Dependendo das condições e da distância, ele pode ser operado inteiramente com eletricidade.

Uma das grandes surpresas do grupo que experimentou o veículo em Belo Horizonte foi a existência de entradas USB ao lado de alguns assentos. Através delas, é possível carregar o celular ou qualquer dispositivo com esse tipo de entrada.

A adoção do híbrido no sistema de transporte de Belo Horizonte ainda está nas fases iniciais. O modelo, no entanto, já está em funcionamento na cidade de Curitiba desde setembro de 2012. Ao todo, são 30 veículos desse tipo circulando, sendo dois deles funcionando com biodiesel ao invés do diesel. “Todos os ônibus híbridos já apresentam um desempenho muito bom, mas os testes de opacidade com os veículos com biodiesel mostram uma redução ainda mais significativa de poluentes”, afirmou o presidente da empresa de transporte URBS Curitiba, Roberto Gregorio da Silva Junior, durante o seminário.

Segundo a UBRS, a frota de híbridos significa uma redução de 89% na emissão de material particulado, 80% de óxido de nitrogênio (NOX) e 35% de CO2, além da redução de consumo de até 35% de combustível.

A Coordenadora de Mobilidade Urbana e Clima do WRI Brasil Cidades Sustentáveis, Magdala Arioli, aprovou a atividade. “Foi uma superiniciativa da cidade de Belo Horizonte de proporcionar esses passeios tanto de ônibus híbrido quanto de elétrico para a população ter a oportunidade de conhecer essas tecnologias e perder um pouco aquela imagem que o ônibus é barulhento, que polui.”

A partir da semana que vem, Curitiba também terá nas ruas o primeiro ônibus híbrido articulado a entrar em operação regular na América Latina. O novo ônibus é resultado de parceria firmada, em 2013, entre Curitiba, o governo da Suécia, empresas privadas e universidades.

 

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