Fonte: Hypeness
As margens do Rio Tietê e do Rio Pinheiros já foram cenário para passeios idílicos e agradáveis, entre orquídeas da espécie, liláses e de perfume suave, e pausas para mergulhos refrescantes em águas límpidas. Isso, porém, se deu 100 anos atrás. Se hoje o Tietê quase deixou de ser um Rio para se tornar um absurdo depositário de lixo e esgoto, ao menos as orquídeas aos poucos vêm sendo devolvidas ao seu habitat natural.
É o que realiza o orquidófilo Alessandro Marconi, com seu projeto Mil Orquídeas Marginais. Depois de descobrir, em livros do botânico brasileiro Frederico Carlos Hohne, que a orquídea em questão abundava às margens dos dois principais rios de São Paulo, Marconi convidou sua esposa, a produtora Carolina Sciotti, para essa valiosa missão: espalhar mais de 700 mudas de orquídeas pelas margens do Rio.
Para isso, em Outubro de 2014 os dois começaram uma campanha de financiamento coletivo, a fim de levantar os custos para realizar a tarefa. A campanha foi um sucesso e, com o investimento 217 pessoas, levantou mais de R$ 23.000,00.
Desde então, as orquídeas – amarradas a árvores nativas espalhadas pelas matas que ainda envolvem o Pinheiros e o Tietê – e em agosto de 2015 já estavam enraizadas, exibindo frutos e florescendo, adaptadas ao ambiente que, apesar do esforço humano, ainda oferece e aceita vida.
Ainda que sejam das mais belas flores, o projeto não se pretende meramente decorativo. O objetivo é em breve atingir as 1000 mudas plantadas, e que todas se reproduzam sozinhas, para cuidarmos um pouco de nossa flora e principalmente sensibilizar as autoridades e a população para a questão ambiental – além de tingir um pouco de vida o visual tão cinza da cidade.
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