Numa fase em que novos recursos tecnológicos, especialmente a inteligência artificial, avançam a passos largos. E a quantidade de novas instalações capazes de processar, armazenar e compartilhar um grande número de dados segue a mesma tendência.
Datacenters têm várias funções na era da alta tecnologia e da IA…
De forma simplificada, um datacenter agrupa elementos importantes como servidores, controladores de sistemas de aplicativos e sistemas de armazenamento, além de ser fundamental para o Cloud Computing.
É importante salientar que esses componentes, inclusive o serviço de Cloud Computing, não podem “falhar” ou, ao menos, devem falhar o mínimo possível. Isso porque atendem a diferentes entidades que operam 24/7: bancos, produtoras de entretenimento, e-commerce, entre muitos exemplos que poderíamos listar aqui.
Apesar dessa especificidade e também por ela, o mercado de datacenters ganha espaço e reconhecimento mundial por atender às exigências dessas instituições por infraestruturas tecnológicas de alta categoria.
O Brasil como um polo importante no mundo
Dentro desse âmbito, o Brasil tem se destacado no segmento em cidades como Campinas, no Rio de Janeiro e até em polos menores como Joinville, Santa Catarina. Com isso, o país está tornando-se um dos líderes na América Latina, conforme o levantamento feito pela JLL no início do ano passado.
Porém, a construção, o desenvolvimento e a necessidade energética dessas instalações para realizar as tarefas desafiam a sustentabilidade: a alta emissão de gases de efeito estufa (GEE).
Nesse sentido, alguns países já aplicam algumas soluções sustentáveis para conter os elevados índices de emissões de GEE.
No entanto, ainda estamos longe de alcançar o nível ideal.
E é isso que pretendemos analisar nas próximas seções deste artigo.
As altas emissões de GEE por datacenters: um desafio para a sustentabilidade
De acordo com a International Data Corporation (IDC), empresas como a Microsoft têm aumentado suas emissões em até 29%, desde 2020. Os motivos? Investimento na construção, manutenção e ampliação de datacenters.
E a demanda energética é ainda maior. Por causa do incremento em IA, a Google também aumentou seu consumo em até 48% desde 2019. Essa situação requer a tomada de medidas mais contundentes para mudar essa realidade.
A IDC destaca, no entanto, que, no caso particular dessas “big techs”, observa-se uma transparência quando à divulgação dessas informações que conflitam com os objetivos de sustentabilidade.
Portanto, a transparência deve ser considerada um ponto positivo, já que a partir de um contexto real, é possível corrigir e sanar mais facilmente a oposição entre crescimento tecnológico e crise ambiental.
Acredita-se também que, antes de uma melhoria visível do problema, os indicadores ainda vão mostrar um acréscimo tanto nas emissões de GEE quanto no consumo de energia.
Há mudanças a caminho…

Porém, em meio a esse pessimismo, a Google afirma que até 2030 passará a utilizar energia limpa, pois está construindo a infraestrutura de computação mais eficiente do mundo em termos de sustentabilidade.
As “big techs” têm infraestrutura e investimentos para transformar o problema da falta de controle de energia e emissões de GEE em datacenters. Mas cabe a pergunta se outras empresas menores também estão cumprindo com as metas de mudança ou se vão tomar mais tempo para solucionar essa questão.
E há outra dúvida: quais medidas pretendem implementar ou já estão em curso para tornar seus datacenters mais sustentáveis?
Vejamos a seguir como está o panorama nesse sentido.
Sustentabilidade: a descarbonização em datacenters é possível e já está em curso
Um estudo da Morgan Stanley não vê o “copo meio cheio” quanto à responsabilidade ambiental em datacenters de todo o mundo. Segundo os resultados apresentados, as emissões totais de GEE dessas instalações tecnológicas estarão próximas a cerca de 40% do que os Estados Unidos emitem em um ano.
Por outro lado, a pressão sobre as empresas responsáveis também vai aumentar na mesma proporção. Isso significa que a busca por estratégias de descarbonização e pela redução do consumo de energia também vai compelir a uma tomada de atitude.
Pontos positivos em meio à problemática:
- Aceleração da transição energética: assim como a Google está construindo um parque de redes de energia limpa, outras companhias seguirão por essa mesma rota;
- Parcerias entre países: as trocas de tecnologias a serviço da sustentabilidade ocorrerão mais intensamente, gerando conhecimento compartilhado e melhorias;
- Monitoramento mais preciso e estrito do consumo energético e emissões de CO2 através de ferramentas tecnológicas como o inventário de emissões de CO2;
- As ações não condizentes com a realidade sustentável pesam na reputação e, consequentemente, no ROI das empresas, compelindo a uma mudança imediata;
- O custo da energia também tende a subir, então, optar por energias limpas e mais baratas será uma saída inevitável.
É importante ressaltar que outras ações sustentáveis já estão no radar de incorporadoras e gestores envolvidos na construção e manutenção de datacenters. Apresentaremos algumas a continuação, com destaque para as soluções oferecidas pela Eccaplan.
O futuro da relação entre sustentabilidade e datacenters
É inegável que, para o próprio crescimento de datacenters, cada vez mais necessários como vimos, dar as costas para a questão ambiental não é a melhor ideia. E as empresas sabem disso.
Sendo assim, além das propostas de mudança para energias limpas, outras medidas mais acessíveis podem e devem ser postas em prática.
Apenas alguns exemplos:
- Uso de um sistema de gestão de emissões de GEE: o monitoramento preciso de quanto cada datacenter emite de GEE é essencial para escolher a forma mais adequada de reverter o problema quando metas são ultrapassadas;
- Mensuração da pegada de carbono: a identificação das emissões diretas e indiretas, envolvendo também a logística para transporte de água e combustível, é uma peça-chave para gerar relatórios transparentes e precisos que permitem modificar o que vai na contramão da sustentabilidade;
- Quantificação e identificação dos principais emissores de GEE e consumidores de energia na cadeia de valor para alinhamento com regulamentações nacionais e internacionais.
A Eccaplan acompanha de perto a problemática dos datacenters, pois sabe que ainda são um grande desafio no âmbito da sustentabilidade.
Mas é exatamente nesse ponto que as estratégias oferecidas pela Eccaplan podem ser de grande valia se aplicadas em instalações tecnológicas ainda em dificuldades com a questão ambiental. Nesse grupo, destacamos o Sistema de Gestão de Emissões de GEE, o Inventário de GEE e o Selo CO2 Neutro.
Vale mencionar também que a Eccaplan conta com um time de consultoria apto a orientar gestores e líderes de empresas tecnológicas. Deste modo, através das melhores estratégias, gestores de datacenters podem identificar o caminho mais adequado para superar obstáculos relativos à pegada de carbono.
Sua empresa tecnológica ainda lida com alto gasto energético e não atingiu as metas de controle de emissões de GEE? Entre em contato com o nosso time!
