Em três anos, dobra o número de ciclistas na Via Calma de Curitiba

Fonte: Cidades Sustentáveis

Observar nossas ruas atualmente é perceber o assustador número de carros que nelas circulam. A resposta para menos trânsito é menos carros, mais transporte coletivo e mais bicicletas. Para isso, os automóveis terão de aprender a compartilhar o espaço viário com as opções de transporte sustentável. A cidade de Curitiba, por exemplo, aposta nessa divisão mais equilibrada desde 2014 e já colhe resultados expressivos, como se verá mais adiante.

Países imersos na cultura carrocêntrica ainda enxergam pedestres e ciclistas como “obstáculos” para a circulação dos automóveis e consideram o transporte ativo menos importante. Nem sempre foi assim. Depois do advento do uso motor, as ruas que eram partilhadas em harmonia transformaram-se em espaços segregados: maiores áreas para os veículos e os pedestres empurrados às calçadas, muitas vezes estreitas demais para o fluxo. Os ciclistas foram os mais prejudicados. Com os limites de velocidade cada vez mais altos nas vias, a inexistência de ciclovias e a impossibilidade de pedalar entre pessoas, as bicicletas ficaram sem lugar.

Hoje, felizmente, o futuro parece promissor para os adeptos das magrelas. Lideranças urbanas passam a perceber que dar liberdade para o uso irrestrito do carro é prejudicial para a população e para a economia. As cidades que começarem a se redesenhar para pessoas, e não para os carros, podem ser as próximas Amsterdã, Melbourne ou Copenhague.

O exemplo paranaense

Curitiba começou, em 2014, a investir nas ruas compartilhadas ao implantar a primeira Via Calma da cidade. Essa intervenção significa ruas ou avenidas com limites de velocidade mais baixos, de uso compartilhado por carros, motos e bicicletas e onde pedestres têm prioridade nas travessias.

Segundo pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), o número de ciclistas que utiliza a via quase dobrou desde o estabelecimento da Via Calma. No comparativo entre 2013, ano anterior à implantação da Via Calma, e 2016, o aumento do número de ciclistas foi de 132,19%. Para ver em números essa evolução, as contagens de bicicletas em um único dia, no horário de pico do final da tarde, registraram:

519 bicicletas em 2008;
528 em 2013;
812 em 2014;
1.027 em 2015;
e 1.226 bicicletas em 2016.

Uma alternativa que necessita de planejamento especial

Vias compartilhadas demandam atenção especial através de tratamentos como moderação de tráfego, redução e redirecionamento do tráfego de veículos, sinalização vertical e horizontal e tratamento das travessias nas interseções para garantir segurança aos usuários. Segundo indica o guia O Desenho de Cidades Seguras, desenvolvido pelo WRI Ross Centro para Cidades Sustentáveis, essas vias devem ser instaladas em vias com baixo volume de tráfego e planejadas para velocidade veicular entre 20 km/h e 30 km/h, com máximo de 40 km/h. As vias compartilhadas “beneficiam os moradores e a comunidade local com um ambiente mais seguro, silencioso e agradável criado por vias compartilhadas com bicicletas”.

 

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