Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa guia Recife rumo a ações sustentáveis

Fonte: WWF

Recife tem um histórico positivo de ações em prol de um futuro mais justo e equilibrado – e, novamente, participa do Desafio das Cidades pelo Planeta (OPCC, na sigla em inglês), antes conhecido como Desafio das Cidades da Hora do Planeta. Talvez o ponto de virada dessa história tenha acontecido em 2013, com a criação dos fóruns de discussão sobre mudanças climáticas e construção de arcabouços legais no tema: COMCLIMA (representado por membros da prefeitura, governos estadual e federal, academia e sociedade civil) e GECLIMA (representantes do município). 

Recife é um dos dez municípios brasileiros inscritos no OPCC 2017/2018, criado pelo WWF para convidar cidades de países participantes a reportar ações ambiciosas e inovadoras do ponto de vista climático, além de demonstrar como estão se esforçando para entregar os compromissos nacionais assumidos no Acordo de Paris. Todas as informações são descritas na Plataforma de Registro Climático Carbonnadministrada pelo ICLEI, parceiro global do WWF no Desafio.

Dentre as informações divulgadas no Carbonn para análise do júri internacional que decidirá as três finalistas do Desafio das Cidades em cada país, a capital pernambucana destaca o seu primeiro Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa. Para tanto, estratégias de redução de carbono foram implementadas para mitigação dos impactos das mudanças climáticas e adaptação aos seus efeitos irreversíveis. 

Com esse objetivo, formulamos diretrizes, objetivos, metas e ações que levam a cidade a um desenvolvimento de baixo carbono. O processo de elaboração do Plano de Redução de Emissões de GEE da cidade de Recife contou com a participação da sociedade civil e do setor privado, além das diferentes esferas do governo municipal e estadual, buscando dar legitimidade a esta proposta. A partir dele, o governo de Recife procura construir, de forma participativa, um projeto para a cidade, de forma sustentável, considerando o conjunto urbano, a qualidade de vida dos cidadãos e o resgate da identidade (cultura, vocação e evolução histórica)”, explica o texto reportado no Carbonn.

Recife, aliás, foi a primeira cidade brasileira a ter um inventário produzido de acordo com o Global Communities Protocol (GPC), metodologia criado em parceria entre o ICLEI, o C-40 (Global Cities Group for Climate Leadership) e o WRI (World Resources Initiative).

Mas não é apenas na área de monitoramento de emissões que Recife atua. Com o projeto Parque Capibaribe, busca construir um novo corredor para pedestres e ciclistas, além de parques, praças e facilidades públicas em diversos bairros – o corredor terá um total de 30.64 quilômetros, transpassando 21 bairros. Hoje, a cidade possui apenas 0.7m2 de área verde por habitante, número muito inferior ao determinado pela ONU. Até o final da implementação desse projeto, em 2037, o município deseja que esse número cresça para 20 metros quadrados. 

A prefeitura, aliás, tenta dar o exemplo em sua própria sede. Ao todo, 6.328 lâmpadas e 17 aparelhos de ar condicionado do prédio foram substituídos, o que espera-se resultar em 20% de redução de consumo de energia, com uma economia de R$ 165.000,00 por ano. 

 

Vocêconteudo_inventario-de-emissoes_45 sabia que através do Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa a instituição ou empresa consegue avaliar como suas atividades impactam o meio ambiente e identificar estratégias para contribuir para o combate às mudanças climáticas?

Entenda o que é Inventário de Emissões.

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