Fonte: Hypeness
A profissão de ambientalista, que deveria ser celebrada e protegida da mesma forma que tais profissionais lutam pela preservação do meio-ambiente, tornou-se uma profissão de risco, e em especial no Brasil: nunca antes, tantas pessoas foram assassinadas no mundo pela defesa da natureza. E o Brasil segue, há cinco anos, no topo da lista, como o pais mais perigoso do mundo para se ser um ambientalista.
49 mortes foram oficialmente reconhecidas no Brasil no ano passado, por conta da luta pelo meio-ambiente. Os números são da Global Witness, organização inglesa que reúne esses dados desde 2002. No mundo todo, as mortes chegaram a 200 em 2016.
Segundo Bill Kyte, da organização, esses número ainda representam somente parte dessa terrível realidade. “Isso é só a ponta do iceberg. Acreditamos que o número de mortes seja maior, mas nem sempre elas chegam ao conhecimento público, ou suas reais causas são relatadas”, comenta Kyte.
Os estados brasileiros onde ocorreu o maior número de assassinatos de ambientalistas foram Rondônia, Maranhão e Pará – não por acaso, todos parte da Amazônia legal. Para a Comissão Pastoral da Terra, o que está por trás de tais números é o avanço da fronteira agrícola e a expansão do agronegócio. “Essas pessoas são muito muito mais que defensores ambientais. Estão lutando por direitos, por território, por terra, por água. Vai muito além da questão ambiental”, afirma a CPT.
Quem luta pela salvação do planeta é assassinado, com a conivência – para dizer o mínimo – de autoridades em todos os setores. Enquanto isso, a ganância e o poder seguem como justificativas aceitáveis para o pior do ser humano – e para a destruição de um planeta de todos, em nome dos poucos que lucram com isso.