Mar do Nordeste corre o risco de ser poluído com minério de ferro

O Navio Mercante Stellar Banner, que partiu do Terminal Portuário da Ponta da Madeira, em São Luís, no Maranhão, carregado com toneladas de minério de ferro da Vale, e que tinha como destino Qingdao, na China, apresentou dois vazamentos na estrutura na região da Baía de São Marcos (MA). O comandante do navio levou a embarcação para um banco de areia para facilitar o trabalho das equipes de salvatagem.

Em nota divulgada nessa quinta-feira (27), a Marinha do Brasil (MB) informa que realizou reunião com representantes da Vale S.A, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Ardent Global, Gerência Ambiental do Porto do Itaqui e Agentes Marítimos, com objetivo de ampliar a avaliação e definir ações específicas quanto à situação do Navio Stellar Banner.

A empresa contratada pelo Armador permanece no local realizando inspeção das condições estruturais do navio e conta com quatro rebocadores para apoio e resposta, em caso de vazamentos de carga ou de óleo combustível, não confirmados até o momento.

A Marinha enviou o Navio Hidroceanográfico (Nho) Garnier Sampaio, Navio de Apoio Oceânico (NApOc) Iguatemi e uma Aeronave (UH-15), do 1º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral do Norte, com previsão de realizar um sobrevoo ainda nessa quinta-feira na área de ação. O emprego desses meios visa apoiar, fiscalizar e verificar a viabilidade dos planos de desencalhe para a retirada da embarcação do local.

 

Segundo a assessoria de imprensa da Vale, a empresa tem empenhado todos os esforços e recursos para mitigar os possíveis impactos causados pelo incidente com o navio MV Stellar Banner, de propriedade e operado pela empresa sul-coreana Polaris. Entre as medidas de apoio técnico e logístico adotadas pela Vale nessa quinta-feira, em conjunto com as autoridades marítimas e ambientais responsáveis, estão:

  •  Solicitação à Petrobras da cessão de navios Oil Spill Recovery Vessel (OSRV) para contenção de eventual vazamento de óleo, pedido que foi prontamente atendido;
  •  Solicitação e obtenção junto ao Ibama, de forma célere, de devida autorização formal para o deslocamento das embarcações para a Costa do Maranhão;
  •  Contratação de especialistas em salvatagem, adicionalmente à empresa contratada pela proprietária e operadora do navio, para acelerar o plano de retirada do óleo da embarcação;
  •  Solicitação de boias oceânicas off shore, que podem servir preventivamente como barreiras de contenção adequadas para mar aberto, se necessário;
  •  Disponibilização de helicópteros para a movimentação de pessoal até o local.

 

A embarcação está encalhada a cerca de 100 quilômetros da costa de São Luís (MA), fora do canal de acesso do Terminal Marítimo Ponta da Madeira, de onde partiu na última segunda-feira (24). Os 20 tripulantes foram retirados do navio em segurança.

Como operadora portuária, a Vale reforça que seguirá atuando no caso com suporte técnico-operacional e colaboração ativa com as autoridades marítimas.

Fonte: Envolverde

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