A Polícia Civil identificou um homem apontado como responsável pelas ameaças ao jornalista Adecio Piran, de Novo Progresso, no Pará. O profissional, do jornal Folha do Progresso, foi alvo após denunciar o Dia do Fogo, em que produtores e fazendeiros estariam se organizando para promover queimadas no dia 10 de agosto na região.
Na delegacia de Novo Progresso, Adecio apresentou um folheto que circulou no município com mensagens caluniosas e difamatórias contra ele. Após o registro da ocorrência, a Polícia Civil deu início às investigações dos fatos e anunciou nesta segunda-feira (2) que já identificou o responsável.
O suspeito seria o administrador de um grupo de mensagens de aplicativo de celular, denominado “Direita Unida Renovada”. Ele foi intimado a comparecer à delegacia, onde prestou depoimento e foi responsabilizado pelas ameaças. O procedimento seguiu para a Justiça.
Em relação ao panfleto que circulou na região contra o jornalista, as investigações continuam para identificação dos autores da mensagem e dos responsáveis pela distribuição do informativo.
O Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) manifestaram repúdio e indignação sobre o caso e pediam “providências ao Governo do Pará e os órgãos de segurança pública para garantir a integridade física e os direitos do jornalista e que sejam identificados e punidos os autores das ameaças”.
O Governo do Pará informou que respeita a liberdade de imprensa e não pactua com qualquer ato que venha fragilizar esse instrumento da democracia.
A Polícia Militar vai acompanhar o caso e cuidar da segurança do jornalista. Adecio informou que passou alguns dias fora da cidade, mas que quando retornou foi procurado pela PM, que lhe ofereceu segurança.
Fonte: G1