Uma nova – e inusual – forma de tentar reduzir as ilhas de calor dos centros urbanos e levar mais biodiversidade para perto das pessoas que vivem neles.
Tetos verdes agora se movem pela cidade-Estado insular de Singapura. A iniciativa Garden on the Move (jardim em movimento, em tradução livre), da especialista em hortaliças urbanas GWS Living Art, faz parte de um estudo de três meses para ver se a temperatura dentro dos ônibus pode ser reduzida e se isso pode colaborar com a economia de combustível.
Embora seja um lugar inusual para um telhado verde, a instalação em dez linhas locais pode fornecer benefícios ambientais e econômicos.
É mais uma forma de tentar reduzir as ilhas de calor dos centros urbanos e levar mais biodiversidade para perto das pessoas que vivem neles, especialmente em tempos de aumento da temperatura no planeta.
A eficácia dos telhados verdes em construções já está comprovada: reduzem a temperatura interna, colaboram com a retenção de água das chuvas – combatendo também o risco de enchentes – e proporcionam espaços para a natureza prosperar. Nos ônibus envolvidos no estudo, sensores térmicos serão colocados sobre o telhado abaixo das plantas e na parte de baixo do telhado, dentro do veículo, para que as medições sejam feitas.
O sistema foi desenvolvido localmente e é chamado Gaiamat, funciona com uma esteira leve de material de lã de rocha – em vez de solo – usada para fixar a vegetação. As plantas escolhidas são adaptadas ao clima local e resistentes a condições de vento e seca. Elas não precisam ser regadas com freqüência e são verificadas uma vez por semana. A estrutura representa um peso de 25 a 40 kg por metro quadrado. Com Gaiamat, a manutenção da vegetação nos telhados verdes instalados em edifícios é feita duas ou três vezes por ano.
“De nossos estudos, sabemos que a redução de temperatura chegar a 20° C ou 30° C em um dia quente [em um edifício com telhado verde], então queremos ver se o mesmo vale para veículos”, afirmou o médico Terrence Tan, da Universidade Nacional de Singapura (NUS, da sigla original), que está assessorando o estudo para o jornal local The New Paper.
A iniciativa é financiada pela Temasek Foundation e apoiada pelo National Parks Board, pela Moove Media e pelo Singapore Green Building Council.
Fonte: Revista Planeta