Fonte: ONU Br
Em encontro do empresariado brasileiro no Fórum Pacto Global, em São Paulo, especialistas afirmaram que a Agenda 2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável representa um novo modelo de negócios que pode gerar oportunidades inéditas de investimento.
Em encontro no início de novembro (9), em São Paulo, representantes do empresariado brasileiro discutiram soluções para tornar atividades produtivas mais sustentáveis. Reunidos no Museu de Arte de São Paulo para o Fórum Pacto Global, executivos debateram como implementar a Agenda 2030 das Nações Unidas.
Para Ursula Wynhoven, chefe de Sustentabilidade Social, Governança e Integridade do Pacto Global — iniciativa da ONU para mobilizar o setor privado em prol do crescimento econômico consciente —, “os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) não só estabelecem onde devemos estar daqui 15 anos, como também abrem novos mercados para companhias de todo o mundo”.
Segundo ela, os ODS representam um novo modelo de negócios, comprometido em criar soluções para enfrentar os problemas do planeta.
Também presente, o assessor de Parcerias do Escritório Regional do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) para a América Latina e Caribe, Jean P. Bernardini, destacou que “o setor privado é responsável pela criação de 90% dos empregos, mais de 60% do Produto Interno Bruto (PIB) e cerca de 80% do fluxo de capitais nos países em desenvolvimento”. “Portanto, calculamos que em 89 das 169 metas dos ODS, as empresas terão um papel direto e primordial”, disse.
O especialista da agência da ONU afirmou ainda que a Agenda 2030 oferece uma oportunidade para novas oportunidades de investimento e inovação tecnológica.
Representando o Ministério do Meio Ambiente, o secretário de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental, Edson Duarte lembrou que “no Brasil 26 milhões de toneladas de tudo aquilo que é produzido de alimentos no ano tem como destino o lixo”. Para reverter esse cenário, é necessário tornar produção e consumo mais eficientes e reduzir custos através de estímulos a parcerias entre governo e sociedade.