O Ciclo 2025 do GHG Protocol Brasil e os inventários de emissões hoje

Análise do recorde de 1.300 inventários no Ciclo 2025 do GHG Protocol Brasil mostra a evolução da mensuração de carbono no país
Record de inventários de emissões

Entre os dias 5 e 6 de agosto, um evento marcante para a economia de baixo carbono no Brasil foi realizado pelo Programa Brasileiro GHG Protocol (PBGHG), com o apoio do Centro de Estudos de Sustentabilidade da FGV EAESP.

Inegavelmente, mais do que uma celebração, o evento foi um termômetro da maturidade corporativa brasileira frente à crise climática.

Ademais, fica evidente o quanto as empresas têm realizado esforços em direção à descarbonização. Para isso, contam com uma ferramenta que é um coringa: o inventário de emissões de gases de efeito estufa (GEE).

A mensuração de carbono avança significativamente no Brasil

O destaque foi a publicação de mais um número recorde: mais de 1.300 inventários de emissões de GEE referentes ao ano de 2024, além da apresentação de cases de sucesso e da análise dos resultados deste Ciclo 2025.

O evento, estrategicamente dividido entre os setores de serviços e produtivos, reforçou um consenso fundamental: o inventário de emissões é a pedra angular de qualquer jornada de descarbonização séria.

Em outras palavras, ele é o diagnóstico preciso que antecede a prescrição de medidas eficazes. 

No entanto, um diagnóstico só é confiável se seguir metodologias robustas e padrões internacionalmente reconhecidos. 

É exatamente nesse ponto que o PBGHG consolida seu papel essencial há quase duas décadas.

A contribuição crucial do PBGHG para a descarbonização no Brasil

Criado em 2008 com a participação de diversas entidades, o PBGHG vai além de simplesmente traduzir a metodologia do GHG Protocol Institute.

Sua missão é adaptá-la à realidade nacional, fomentar uma cultura de transparência corporativa e capacitar gestores.

Seu principal legado é o Registro Público de Emissões, a maior base de dados do gênero na América Latina, com mais de 7.000 inventários disponíveis publicamente.

Essa transparência radical é um antídoto potente contra o greenwashing e carbonwashing, forçando a responsabilidade e permitindo benchmarking setorial.

As inovações introduzidas pelo novo Ciclo do PBGHG

Para o Ciclo 2025, o Programa introduziu atualizações significativas em suas ferramentas de cálculo e plataformas.

O objetivo é claro: não basta apenas medir, é preciso gerir.

As novas funcionalidades visam ajudar as empresas a estabelecerem metas de redução baseadas em dados reais, viáveis e monitoráveis ao longo do tempo.

Essa inovação tecnológica reflete uma ambição maior: fazer com que a prática do inventário seja o ponto de partida, e não o de chegada, de uma estratégia climática confiável e robusta.

O longo histórico

Esse ecossistema favorável, somado ao fortalecimento global da agenda ESG na década passada e a um cenário regulatório mais exigente, catalisou um crescimento notável na adesão.

Assim, desde 2011, observa-se uma mudança significativa no perfil das empresas que se dedicam à mensuração de suas emissões. A indústria de transformação sempre se manteve na liderança, mas a composição do pódio mudou.

Por sua vez, o setor de transporte, pressionado pela necessidade de descarbonizar sua cadeia logística, ascendeu à segunda posição, ultrapassando setores historicamente relevantes como eletricidade e gás e o financeiro.

Analogamente, setores críticos para a economia brasileira, como agronegócio, serviços e construção, também vêm incrementando sua participação.

Consequentemente, aqui temos uma clara indicação de que a mensuração de carbono deixou de ser um nicho e se tornou uma prática mainstream.

Demonstrar a importância da tecnologia de gestão de emissões de GEE desenvolvida pela Eccaplan

Os Selos do PBGHG

O ápice desse rigor metodológico é representado pelo sistema de selos (Ouro, Prata e Bronze) concedidos pelo PBGHG.

Porém, antes de mais nada, é fundamental entender que estes selos não premiam a quantidade de emissões reduzidas, mas sim a qualidade do inventário. Eles são um reconhecimento pela transparência, abrangência e detalhamento do relato.

Nesse sentido, um selo Ouro não significa que a empresa é “limpa”, mas que seu diagnóstico é completo e auditado, criando uma base confiável para que, de fato, se torne mais limpa no futuro.

A distribuição dos selos no Ciclo 2025 é um retrato eloquente desse mercado em amadurecimento:

  • 62% das empresas-membro conquistaram o Selo Ouro (inventário completo e verificado por terceira parte independente)
  • 34% obtiveram o Selo Prata (inventário completo) e
  • apenas 4% ficaram com o Selo Bronze (inventário parcial, em fase inicial de aprendizado).

Esses números mostram que a maioria já internalizou a importância de fazer um relato minucioso e submetê-lo ao crivo da auditoria externa.

Selo Ouro: o case da RL Higiene

Para ilustrar a jornada por trás de um Selo Ouro, com apoio do sistema da Eccaplan, o case da RL Higiene é paradigmático.

A empresa não se limitou a medir suas 89 toneladas de CO₂e emitidas em 2017. Ela agiu em três frentes:

  • Medição (inventário abrangente desde 2009, cobrindo escopos 1, 2 e 3, incluindo logística, deslocamento de colaboradores e resíduos)
  • Transparência (registro público e verificação por auditoria acreditada pelo Inmetro) e
  • Ação (neutralização das emissões, rendendo-lhe também o Selo CO2 Neutro da Eccaplan).

Finalmente, o passo mais importante foi usar o diagnóstico para agir preventivamente.

O inventário permitiu à RL Higiene elaborar um plano de ação concreto para reduzir sua pegada futura.

Vale dizer que essa planificação incluiu a gestão de resíduos de embalagens, a adequação de sua frota para etanol e a eficiência energética de suas operações.

Compensação de carbono com compra de créditos do mercado de carbono do Brasil

Os cases Selo Prata

Um exame aprofundado de alguns exemplos de detentores do Selo Prata do PBGHG nos ajudam a ter uma visão mais clara da maturidade corporativa em direção a uma mensuração abrangente de emissões.

Afinal, essa é a base essencial para a definição de metas e projetos efetivos de descarbonização.

Analisaremos, em particular, uma empresa que contou com soluções da Eccaplan para atingir seus propósitos de sustentabilidade.

Manuchar, mais uma vez, Selo Prata PBGHG

A Manuchar, distribuidora líder global de produtos químicos e especializada em soluções para mercados emergentes, reforçou seu compromisso com a sustentabilidade ao receber, novamente, o Selo Prata do PBGHG. 

Com certeza, a premiação atesta a qualidade, a integridade e a transparência do inventário de emissões de GEE da empresa, que apresenta uma cobertura completa das operações de escopo 1 e 2, abrangendo sua complexa cadeia logística internacional.

Além do core business em químicos, a companhia também negocia ativamente commodities como aço e polímeros, setores intensivos em carbono.

Esse dado nos revela que a mensuração precisa é um desafio estratégico. Porém, o resultado atingido é uma demonstração de seu comprometimento com a governança ambiental. 

A conquista do selo vai além do reconhecimento

É um ativo operacional que fornece a base de dados confiável necessária para definir metas científicas de descarbonização, gerenciar riscos climáticos e otimizar a eficiência energética em suas operações globais.

Embora os cases de sucesso sejam inspiradores, é crucial lembrar que todos eles compartilham um ponto de partida fundamental: um inventário robusto de emissões de GEE.

Este diagnóstico preciso é o alicerce indispensável para qualquer jornada credível de descarbonização.

No entanto, realizar esse passo inicial com excelência exige mais do que boa vontade; demanda a experiência e metodologia de parceiros especializados.

O Inventário de Emissões de GEE da Eccaplan: bússola para a descarbonização

Como vimos, um inventário de emissões vai muito além de um simples relatório. Trata-se de um raio-X detalhado que quantifica toda a pegada de carbono de uma organização.

Em outras palavras, é um investimento estratégico que representa:

  • O passo zero: é o início obrigatório de qualquer jornada de descarbonização paulatina, responsável e mensurável.
  • Um acesso a mercados: atende demandas críticas de investidores e grandes corporações por critérios ESG claros e auditáveis.
  • Alinhamento e conformidade regulatória: antecipa e atende a um cenário global de exigências ambientais cada vez mais rigorosas.

Diferenciais de uma consultoria especializada: além do relatório

Optar por uma consultoria como a Eccaplan agrega camadas estratégicas cruciais ao processo, acelerando a maturidade corporativa. Dessa forma, os principais diferenciais incluem:

  1. Metodologia Reconhecida Globalmente: utilização do GHG Protocol, padrão-ouro alinhado com o PBGHG, assegurando credibilidade, comparabilidade e reconhecimento.
  2. Personalização Estratégica: a estrutura do projeto é adaptada ao setor, porte e nível de maturidade de cada cliente, garantindo um plano factível e com embasamento técnico-científico sólido.
  3. Tecnologia Integrada: o inventário pode ser associado ao Sistema de Gestão de Emissões da Eccaplan, permitindo monitoramento mensal, agilidade na tomada de decisão e eficiência operacional.
  4. Abordagem Completa: cobertura flexível dos Escopos 1, 2 e 3, flexibilizando o gerenciamento de emissões diretas ou de toda a cadeia de valor.

Da mensuração à ação acelerada

Em síntese, os resultados do Ciclo 2025 do GHG Protocol revelam um amadurecimento estrutural do setor empresarial brasileiro.

Evoluímos da conscientização para a ação embasada por dados. Por conseguinte, a mensuração tornou-se mais sofisticada e transparente.

O próximo desafio, ilustrado por cases como RL Higiene e Manuchar, é transformar essa onda de transparência em uma curva acelerada e real de redução de emissões.

Nessa trajetória, contar com o suporte de especialistas comprovados como o time da Eccaplan não é uma facilidade, é uma aceleração inteligente e eficaz.

Comece sua jornada de descarbonização com o padrão-ouro em gestão de carbono. Solicite uma consultoria com nossos especialistas!

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