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Por que a COP é tão importante para o futuro do planeta?

Entenda por que a Conferência das Partes é um marco global para o enfrentamento da crise climática e temas transversais
Mesa de debate sobre o clima no planeta

A Conferência das Partes (COP) é um dos eventos mais importantes no cenário internacional, especialmente no que diz respeito às questões ambientais e seus desdobramentos em áreas como economia, política e justiça social.

Todos os anos, o encontro reúne líderes políticos, cientistas, ativistas ambientais e representantes da sociedade civil em um esforço coletivo para debater e implementar ações efetivas contra a crise climática e temas transversais. 

Assim, mais do que uma simples conferência, a COP funciona como um fórum decisivo para a negociação de acordos multilaterais.

Nesse sentido, o evento estabelece diretrizes que orientam nações em seu combate aos desafios ambientais e às diferenças socioeconômicas. 

Aliás, este é um dos pontos mais complexos até hoje.

Um encontro para todos

Por isso, o evento representa um espaço de diálogo global único, em que divergências culturais, econômicas e sociais são discutidas em busca de soluções justas e equilibradas. 

A COP não apenas define metas para reduzir os impactos das atividades humanas no meio ambiente.

Ela também estimula a cooperação internacional, incentivando economias desenvolvidas e em desenvolvimento a trabalharem juntas por um futuro sustentável.

Nesse sentido, vemos que sua importância vai além da criação de políticas climáticas. 

Não é só sobre meio ambiente

A COP é um termômetro da ambição global, revelando os avanços e obstáculos que ainda impedem progressos significativos na sustentabilidade, no sentido total desta palavra. 

Ao identificar essas barreiras, sejam políticas, financeiras ou tecnológicas, a conferência abre caminho para estratégias de adaptação mais eficazes e igualitárias. 

Deste modo, torna-se possível ajudar o mundo a enfrentar os efeitos das mudanças climáticas e das consequências trazidas pelas assimetrias entre blocos e nações.

cop29

A construção da conferência ao longo dos anos

Para compreender plenamente o papel da COP atualmente, é essencial analisar sua trajetória histórica, desde sua criação até os acordos mais recentes. 

Essa retrospectiva que apresentamos a seguir não mostra apenas sua evolução, mas reforça por que esse encontro continua sendo indispensável na busca por um planeta mais justo e resiliente.

Fundamentos históricos e conceituais da COP

A origem da COP remonta à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, em inglês). Esse foi um tratado internacional estabelecido durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), a Rio ou Eco-92.

Realizada no Rio de Janeiro em 1992, a Eco-92 representou um divisor de águas na conscientização global sobre a necessidade de cooperação internacional para combater os desafios do clima que se agravavam a cada ano.

Assim, a UNFCCC entrou em vigor em 21 de março de 1994, após ser ratificada por 197 países. 

Seu pilar fundamental reconhece que o funcionamento correto do clima e dos ecossistemas é um patrimônio comum da humanidade que precisa ser preservado. 

Contudo, essa tarefa não foi feita como deveria. 

A industrialização desenfreada colocou equilíbrio do planeta em xeque. Um dos principais resultados foi a emissão de gases de efeito estufa (GEE), como o dióxido de carbono (CO₂), metano (CH₄) e óxido nitroso (N₂O), decorrentes de atividades industriais, agropecuárias e do desmatamento.

Tecnologia de Gestão de Emissões de GEE da Eccaplan

Quando a situação já era crítica

É importante ressaltar, contudo, que a UNFCCC chegou com certo atraso histórico. 

Desde os anos 1970, a comunidade científica internacional já emitia alertas sérios sobre os riscos do aquecimento global acelerado. 

No entanto, foi apenas na década de 1990 que a classe política mundial finalmente reconheceu a gravidade da crise climática, quando seus impactos começaram a se manifestar de forma inquestionável.

Esse contexto de urgência tardia conferiu à COP um papel ainda mais crucial. 

A conferência surgiu como resposta à necessidade imperiosa de ações coordenadas e imediatas para enfrentar as consequências já visíveis da exploração desmedida dos recursos naturais e dos efeitos cumulativos dessa negligência ambiental.

A estrutura da COP e seu papel ontem e hoje

A COP é o órgão máximo de decisão da UNFCCC, composto por todos os países que ratificaram a convenção (chamados de Partes). 

Suas resoluções têm caráter vinculante, ou seja, os signatários estão legalmente comprometidos a cumprir os acordos estabelecidos. 

Desde sua primeira edição em 1995, em Berlim (COP1), até a mais recente, a COP29 de Baku, Azerbaijão (2024), as conferências têm evoluído em complexidade e abrangência, refletindo a urgência crescente da crise climática.

No que tange à estrutura, a COP conta com órgãos subsidiários, responsáveis pelo aconselhamento técnico e suporte.

Porém, apesar de cooperar com a conferência, essas instituições não envolvem diretamente com as decisões tomadas pelas Partes. 

Instituições colaboradoras e atribuições específicas

Nesse contexto, figuram como os principais órgãos de apoio:

  • Órgão Subsidiário de Implementação (SBI)

Sua agenda é estruturada com base nos pilares fundamentais para implementação dos acordos climáticos: transparência, mitigação, adaptação, financiamento, desenvolvimento tecnológico e capacitação.

Ademais, o objetivo central é ampliar progressivamente o nível de ambição dos países signatários em todas as dimensões do plano de ação climática.

  • Órgão Subsidiário de Aconselhamento Científico e Tecnológico (SBSTA), que tem funções delimitadas pelo Artigo 9 da UNFCCC. Entre elas:
  1. Avaliar o estado atual do conhecimento científico sobre mudanças climáticas e seus impactos;
  2. Analisar os efeitos das medidas implementadas no âmbito da Convenção;
  3. Identificar tecnologias inovadoras e de ponta, propondo mecanismos para seu desenvolvimento e transferência;
  4. Orientar sobre programas científicos e cooperação internacional em pesquisa e desenvolvimento climático, incluindo capacitação de países em desenvolvimento;
  5. Responder a questões técnicas e metodológicas solicitadas pela COP e seus órgãos subsidiários.

A COP ainda opera como órgão deliberativo tanto para o Protocolo de Quioto (CMP) quanto para o Acordo de Paris (CMA).

Agenda de Ação Climática

Desde 2021, as COPs introduziram a “Agenda de Ação Climática”, um marco paralelo às negociações formais.

Seu objetivo consiste em engajar múltiplos atores (governos, empresas, sociedade civil) em compromissos voluntários contra as mudanças climáticas.

Quanto às suas funções, a Agenda deve trabalhar para a:

  • Promoção de iniciativas práticas: eventos, campanhas e planos setoriais (climate action pathways);
  • Complementação de negociações oficiais, impulsionando a implementação de medidas concretas;
  • Flexibilização do escopo: cada Presidência da COP define os temas de maior urgência.

Um diferencial:
Enquanto o processo formal segue regras multilaterais rígidas, a Agenda de Ação Climática opera por adesão voluntária, estimulando inovação e ambição.

O conjunto desses órgãos e instrumentos ajudaram o evento a reforçar seu papel central na governança climática global a cada edição.

Linha do tempo: os principais avanços ao longo das COPs

Algumas edições da COP se destacaram por resultados históricos, entre estas estão:

  • COP1 (1995, Berlim): A primeira conferência, estabeleceu o Mandato de Berlim, instrumento de negociação de metas e prazos para a redução de GEE por países desenvolvidos.
  • COP3 (1997, Kyoto): Adoção do Protocolo de Kyoto, primeiro acordo global com metas obrigatórias de redução de emissões para países desenvolvidos.
  • COP15 (2009, Copenhague): Embora não tenha alcançado um consenso significativo, foi um momento crucial para pressionar por ações mais ambiciosas.
  • COP21 (2015, Paris): Considerada um marco essencial, pois resultou no Acordo de Paris, determinando o limite do aquecimento global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.
  • COP26 (2021, Glasgow): Reforçou compromissos do Acordo de Paris e avançou em temas como financiamento climático e mercados de carbono.
  • COP27 (2022, Egito): Criou um fundo para perdas e danos, destinado a ajudar nações vulneráveis impactadas pelas mudanças climáticas. Outros dados relevantes encontram-se aqui.

A COP29, realizada em 2024 em Baku, no Azerbaijão, em 2024, colocou em foco o financiamento climático e a transição energética.

Apesar da expectativa (e realização) de debates relevantes, deixou pendente questões cruciais como a regulamentação mais efetiva do princípio do “poluidor-pagador”.

Agora, os holofotes se voltam para a COP30

Em 2025, o Brasil terá a histórica oportunidade de sediar o evento em Belém do Pará, assumindo um papel de liderança na agenda ambiental global. 

Deste modo, o momento é estratégico: além de reforçar nosso protagonismo em questões climáticas, será uma chance única de impulsionar ações concretas em meio aos desafios atuais. 

O mundo está à espera de respostas, e o Brasil pode mostrá-las.

Ações sustentáveis eventos com apoio da Eccaplan

COP30: O Brasil diante de obstáculos e oportunidades

Como vimos até agora, a COP mantém seu papel central na governança climática global.

No entanto, seu sucesso exige vontade política, cooperação internacional e engajamento social. Os impactos das mudanças climáticas se agravam a cada ano.

Secas, enchentes e incêndios florestais tornam-se mais intensos e frequentes em vários pontos do globo, comprometendo o desenvolvimento e a estabilidade de inúmeras comunidades.

Por esse motivo, a cobrança por ações efetivas nunca foi tão urgente.

Neste cenário, a COP30 surge como chance única para o Brasil, já que o país pode consolidar sua liderança nas discussões climáticas globais.

O evento será palco para mostrar avanços em energias renováveis, biocombustíveis e agricultura regenerativa. Também reforçará a tradição brasileira em acordos multilaterais, herdada da Eco-92 e da Rio+20.

Mas e as empresas brasileiras? Como podem tirar proveito dessa edição da COP e ao mesmo tempo contribuir para as questões climáticas e socioeconômicas do mundo?

Como veremos, alguns aspectos e estratégias podem e devem ser levados em conta.

Compromisso ambiental e desenvolvimento econômico a partir da COP 30

A COP30 em Belém representa um momento importante para as empresas brasileiras se destacarem no cenário global.

Tendo o Brasil na vitrine das discussões climáticas globais, o setor privado tem a chance de demonstrar liderança na transição para uma economia verde.

Este é o momento ideal para fortalecer reputação, mostrando ações concretas em sustentabilidade e inovação tecnológica voltada para os temas de meio ambiente, social e governança.

Dessa maneira, empresas que apresentarem soluções reais para desafios ambientais ganharão visibilidade e credibilidade diante de investidores e consumidores cada vez mais exigentes.

Oportunidades para quem se projeta para o futuro

As oportunidades de negócios poderão ser bastante significativas, com acesso facilitado a financiamentos verdes e parcerias estratégicas com players globais.

Setores de peso como os de energias renováveis, bioeconomia e agricultura regenerativa podem se beneficiar muito, colocando o Brasil no papel de fornecedor de soluções para as questões climáticas e assuntos relacionados a estas.

Mais do que participar, as empresas devem se preparar para atuar como influenciadoras da agenda.

O desenvolvimento de metas plausíveis, bem como a criação de projetos verdadeiramente sustentáveis são dois exemplos claros para tirar proveito da ocasião e ainda cumprir com a sustentabilidade.

A COP30 pode marcar o início de uma nova era para os negócios sustentáveis no Brasil.

Com isso em mente, as empresas visionárias já estão se mobilizando para liderar este processo.

Buscando caminhos para sustentabilidade alinhada à COP

Como especialista em soluções sustentáveis, a Eccaplan acompanha as COPs desde o início e se antecipa às novidades da próxima em Belém.

Mais ainda, a Eccaplan apoia empresas na jornada de neutralidade de carbono, garantindo seu destaque no setor.

Por meio de ferramentas como o Selo Evento Neutro, Inventários de Emissões de GEE, Jornada em ESG, entre muitas outras, impulsionamos organizações a se tornarem referências em seu segmento.

Vale mencionar também a Carbonfair, nossa plataforma que reúne projetos certificados de compensação de carbono.

Empresas encontram aqui créditos de alta qualidade, assegurando que suas ações ambientais tenham impacto real e mensurável.

O projeto Terrus Carbon Coffee exemplifica nosso compromisso, com mais de 120 mil toneladas de CO₂ compensadas, promovendo agricultura regenerativa, um dos temas-chave da COP30.

Além disso, oferecemos consultoria especializada para implementar soluções personalizadas, assegurando que cada empresa alcance seus objetivos sustentáveis com eficiência e credibilidade.

Na Eccaplan, não apenas seguimos as tendências do mercado, mas criamos o futuro da sustentabilidade corporativa, de olho nos cenários global e nacional.

Quer se preparar para a COP30? Entre em contato com a nossa equipe!

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