É possível adotar ações práticas, simples e confiáveis para compensar e neutralizar as emissões de carbono do seu evento para torná-lo mais sustentável. Confira aqui quais as nossas dicas.
Compensar significa estabelecer um equilíbrio entre duas ações. De maneira simplista isso quer dizer que uma ação negativa pode ser reparada por uma ação positiva. Então, no caso da compensação ambiental: se uma atividade gerou impacto negativo ao meio ambiente ela pode ser compensada por outra atividade que gere um benefício ambiental na mesma proporção.
No caso dos eventos, independente do tamanho, o impacto ambiental costuma ser calculado mediante a quantidade de emissões de CO2 geradas durante sua montagem, realização e desmontagem.
Para isso, as ações que reduzam ao máximo as emissões de carbono devem ser adotadas desde o planejamento do evento. Com o mapeamento de tudo o que acontece é possível entender melhor quais serão as emissões geradas e readequar outras possíveis para então adotar as ações de compensação ambiental da maneira correta.
Para entender mais sobre o assunto, fale com um dos nossos consultores especialistas.
1 – A Neutralização de carbono como ação de compensação ambiental
Compensar as emissões de CO2 de um evento também é conhecida como neutralização de carbono ou neutralização de CO2. Para fazer esse tipo de compensação ambiental, é fundamental que todas as emissões de carbono geradas durante a montagem, realização e desmontagem do evento sejam calculadas usando metodologias oficiais e assim garantir um benefício ambiental na mesma proporção do dano.
Projetos que geram benefícios ambientais comprovados, podem gerar créditos de carbono. Eles podem ser adquiridos por quem está interessado em fazer a neutralização do carbono como forma de incentivar financeiramente tais projetos. Esse é um exemplo do princípio “protetor-recebedor”, que significa remunerar quem deixou de explorar recursos naturais em benefício do meio ambiente e da sociedade.
2 – Plantio de árvores
As plantas retiram o gás carbônico do ar em um processo natural chamado sequestro de carbono. Para calcular a quantidade de árvores e o tempo necessário para fazer a neutralização de carbono de um evento usasse-se como base um estudo da Universidade de São Paulo e do Instituto Totum, em parceria com a ONG SOS Mata Atlântica, donde estima-se uma árvore absorve cerca de 163 kg de CO2 ao longo de 20 anos.
Esse tipo de compensação ambiental também é chamado de “compensação futura de carbono'”, pois é necessário um acompanhamento para garantir que as árvores se desenvolvam e cresçam saudáveis para fazer a captura do CO2 no futuro.
3 – Preservação Florestal
Outra opção são os programas de conservação e/ou preservação florestal, ou projetos de REDD – Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal, que cuidam de regiões que possuem muitas árvores adultas.
Estes programas recebem incentivos financeiros por evitar o desmatamento e a degradação florestal, reduzindo assim as emissões de CO2 gerada por essas atividades e cuidando dos estoques de carbono presente nestas árvores.
Além de promover a proibição do desmatamento e a utilização, em grande escala, de recursos naturais, esses programas também contribuem para o desenvolvimento sustentável da comunidade da região, capacitando ribeirinhos e movimentando o comércio local.
Para garantir o bom aproveitamento do programa, anualmente essas regiões recebem auditorias e obtém certificados para assegurar os incentivos financeiros por meio do comércio de créditos de carbono.
A principal diferença entre o Plantio de Árvores e a atividade de Preservação de Florestas é a seguinte: no primeiro caso, é preciso esperar a árvore crescer e se desenvolver para que a neutralização de carbono seja efetiva, no caso da preservação, a floresta já está ativa no processo de retirada de CO2 da atmosfera e o desafio é mantê-la em pé através de projetos de preservação e conservação.
A figura abaixo demonstra essa diferença, a parte verde do gráfico ilustra a quantidade de CO2 retirada da atmosfera ao longo dos anos.
Neste caso, o evento pode então escolher neutralizar suas emissões de carbono fazendo a aquisição destes créditos por meio de empresas especializadas. A remuneração recebida é usada no custeio para manutenção da floresta e também para o desenvolvimento de comunidades.
4 – Pequenas centrais hidrelétricas:
Cerca de 30% da fonte de energia do Brasil provêm de termelétricas, que geram energia a partir da queima de combustível fóssil – que emite CO2. Sabemos que existem alguns questionamentos a respeito das grandes hidrelétricas por desmatar e inundar grandes áreas, porém, as condições são diferentes ao tratarmos de pequenas centrais hidrelétricas – PCHs, que por seu tamanho reduzido diminuiu consideravelmente seu impacto ambiental e ainda produz energia através de um mecanismo que não emite CO2.
As PCHs são boas soluções para pequenas cidades ou vilarejos que ainda não recebem energia elétrica por fiação, pois essas cidades podem substituir o uso de geradores de energia, que queimam combustíveis fósseis, pelas centrais.
Essas centrais também podem emitir créditos de carbono que podem ser adquiridos pelos produtores de evento para realizar a neutralização de carbono como ação de compensação ambiental.
5 – Projetos de tecnologia limpa:
As tecnologias limpas emitem menos CO2 na atmosfera do que as tecnologias tradicionais. Como exemplos de projetos de tecnologia limpa, temos: a substituição de lenha nativa por bambu, serragem ou casca de côco como combustível renovável nos fornos para fabricação de cerâmica, ou a instalação de parques eólicos ou solares.
Essa redução de CO2 pode ser mensurada a cada 1 tonelada que se deixa de emitir no ambiente, gerando assim um crédito de carbono que pode ser usada na compensação ambiental dos eventos.
Para fazer as ações de compensação ambiental pela neutralização de carbono é importante realizar parcerias com empresas especializadas e capacitadas para fazer o cálculo das emissões de carbono e optar por ações de compensação ambiental com credibilidade e rastreabilidade.
Agora que você já conhece as alternativas, que tal saber as 5 principais razões que fazem diversas marcas e eventos receberem o selo Evento Neutro.
