Eventos são uma ótima oportunidade para tangibilizar o propósito da sua marca, empresa ou instituição. A reunião de pessoas com o mesmo interesse em um único local, torna mais fácil a comunicação das suas ações, intenções e preocupações.
Mas é importante ter em mente, que qualquer discurso e ação para construir um mundo melhor, passa obrigatoriamente pela sustentabilidade. E aqui, não estamos falando somente da questão ambiental, mas do conceito global de sustentabilidade. Será que você sabe do que estamos falando?
Demonstrar seu alinhamento com a sustentabilidade se tornou, uma prova de coerência para o público, que está cada vez mais informado e exigente. O ponto é: não adianta mais dar ecobag de brinde somente…
Aqui você vai encontrar 6 conceitos e práticas fundamentais para se atualizar sobre o tema e surpreender os seus clientes.
1. Sustentabilidade não é um conceito, mas um VALOR
A definição clássica de desenvolvimento sustentável contempla a ideia de preservar o planeta para as gerações futuras, e de que a sustentabilidade é formada pelo tripé: ambiental, econômico e social. Essas definições continuam válidas, mas especialistas defendem que a sustentabilidade já deixou de ser um conceito, por vezes abstrato, para se tornar um valor para a sociedade.
Esse valor, assim como justiça, possui percepções que são naturais. Funciona assim: é difícil definir em palavras o que é justiça, mas é fácil perceber quando uma situação é injusta. As pessoas podem não saber colocar em palavras a definição de sustentabilidade, mas estão percebendo como algumas ações são “insustentáveis”.
E então, certas coisas que antes eram “normais” passam a ser questionadas e até a incomodar. E isso vale para o público em geral, indo além dos chamados “ativistas”.
Começam a surgir pensamentos como: “Adorei o brinde, mas precisa de tanta embalagem?”; “Que linda essa estrutura, mas de onde vem tanta madeira?”; ”Cadê a diversidade representada aqui?”, “Pra onde vai todo esse resíduo? ”
Por isso, esteja atento se esse valor está sendo aplicado no seu evento.
2. A nova cara da sustentabilidade: 17 ODS
A ONU desdobrou a sustentabilidade em 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, os chamados ODS. Cada objetivo contém metas, que compõem um mapa do que deve ser feito para trilhar um caminho sustentável para o planeta. Assim, a sustentabilidade vem se tornando cada vez mais tangível e urgente.
Conheça todos os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Tanto o setor público quanto o privado devem estar comprometidos com as ODS. Um bom caminho para demonstrar o alinhamento do evento com a sustentabilidade, é identificar qual desses objetivos tem mais aderência ao propósito da instituição ou empresa e torná-lo um objetivo do próprio evento.
3. Sustentabilidade cria laços entre empresas e consumidores
No setor privado, uma pesquisa recente patrocinada pela Unilever e realizada pela Europanel com mais de 20 mil adultos em 5 países, entre eles o Brasil, mostra que sustentabilidade cria laços entre empresas e consumidores.
Ao apresentar os resultados da pesquisa, o head de Marketing e Comunicações da Unilever, Keith Weed, afirmou que o levantamento confirma que a sustentabilidade é um incremento desejável para os negócios. “Para obter êxito global, especialmente em economias emergentes, as marcas precisam ir além das áreas de foco tradicionais como desempenho de produto e acessibilidade. Precisam agir depressa para demonstrar suas credenciais sociais e ambientais e mostrar aos consumidores que, além de bem geridas, são confiáveis no que tange ao futuro do planeta e das comunidades”, disse o executivo.
4. Qualquer evento traz impactos
O blog Event Manager Blog publicou que 75% das pessoas com menos de 35 anos estão mais dispostos a pagar por uma experiência do que por um produto. O que é uma boa notícia para o mercado de eventos.
A sustentabilidade deve estar presente nos eventos e ativações das marcas, da mesma forma que está presente em seus produtos e serviços. Seja em uma feira de negócios, uma ação de marketing de experiência, ou um evento interno.
Desde a montagem, realização, até a desmontagem, existem atividades que geram um impacto ambiental negativo, tais como: emissão de gases de efeito estufa pelo deslocamento do staff, equipamentos e público; uso de geradores de energia que liberam poluentes; consumo excessivo e desperdício de água e energia elétrica; geração de lixo e envio dos resíduos para aterro sanitário.
Quem promove e assina o evento, precisa assumir essa responsabilidade, tomando medidas para reduzir esse impacto ambiental e realizar a compensação do que não pôde ser evitado.
5. A opção da compensação ambiental
Vários patrocinadores de grande porte no Brasil já exigem ações de compensação ambiental nos eventos que recebem seus incentivos, como a Fundação Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Alguns municípios também exigem que eventos em locais públicos façam a compensação ambiental, como é o caso da cidade de São Paulo.
Compensação ambiental significa promover ações que tenham um impacto ambiental positivo, compensando assim os efeitos negativos do evento. O mecanismo de compensação ambiental mais segura e recomendada pela própria ONU é a neutralização através da compra de créditos de carbono.
Assim, um evento pode neutralizar o impacto ambiental que não pôde ser evitado, em termos de emissão de CO2, através do apoio a projetos de preservação florestal ou de tecnologias limpas que já geraram benefício ambiental comprovado. Dessa forma o evento torna-se neutro em carbono, ou um Evento Neutro.
6. Não deixar resíduos para trás não é mais suficiente
Não é mais admissível que um evento deixe uma montanha de resíduos por onde passou. Porém a opção de recolher e enviar todo o resíduo diretamente para um aterro sanitário, também não é uma solução aceita como sustentável.
É importante ter em mente que a gestão de resíduos em eventos vai além do que apenas contratar caçambas. A sustentabilidade em eventos passa também por adotar ações para a não geração de resíduos, realizar a coleta seletiva, a separação dos materiais in loco, reutilizar, reciclar e compostar seus resíduos.
Isso é importante porque a situação dos resíduos tem tido cada vez mais destaque no Brasil e no mundo. Menos da metade dos municípios brasileiros possuem aterros sanitários adequados, e pelas redes sociais circulam imagens impactantes de animais marinhos mortos por alguns dos 2 milhões de toneladas de resíduos plásticos que vão para o mar brasileiro todos os anos.
Conheça iniciativas com a Sou Resíduo Zero, que tem como objetivo mudar o fluxo de materiais na nossa sociedade.
Então, faça a sua parte!