Nas últimas décadas, as mudanças climáticas emergiram como um dos principais desafios para governos, empresas, investidores e a sociedade em geral. Mais recentemente, as crescentes preocupações sobre as emissões de gases de efeito estufa (GEE) começaram a remodelar o ambiente de negócios.
A precificação do carbono tem sido cada vez mais discutida e implementada globalmente, como parte das estratégias dos países para a redução de GEE.
Em entrevista à CNN, o diretor-executivo da Rede Brasil do Pacto Global da ONU, Carlo Pereira, avaliou que o momento é de “reestruturação e reformulação de modelos de negócios” no quesito preocupação ambiental. Para Carlos, “As empresas que não se alinharem à economia de baixo carbono vão ficar para trás.” (CNN, 08/11/2021).
A implantação de um mercado regulado de carbono depende de uma estrutura organizacional e governança adequadas para sua operacionalização. Nesse sentido, é fundamental que se conheçam e se avaliem as lições proporcionadas pelas iniciativas que têm sido praticadas no mundo.
Globalmente, os instrumentos de precificação de carbono têm sido cada vez mais discutidos e implementados como parte das estratégias para mitigação dos gases de efeito estufa (GEE) dos países.
No Brasil, o tema vem sendo estudado formalmente pelo governo desde outubro de 2011, quando este manifestou interesse em aderir à Partnership for Market Readiness (PMR), programa do Banco Mundial.
Em setembro de 2014, foi aprovada a adesão ao PMR, por meio da constituição de uma Parceria para Preparação de Instrumentos de Mercado (PMR Brasil), implementada pelo Ministério da Economia e pelo Banco Mundial. Entre os anos de 2016 e 2020, o PMR foi implementado tendo como principal objetivo subsidiar o governo brasileiro com informações acerca da conveniência da adoção de instrumentos de precificação de carbono como parte das políticas de mitigação de GEE no país.
Verificou-se que o sucesso na implementação de programas duradouros esteve associado a três elementos: governos com uma forte capacidade de articulação que transcende o setor público e favorece um diálogo aberto com o setor privado, vontade política para avançar na agenda climática como um tema de Estado e não de governo, com consistência ao longo dos anos e experiência, por parte do governo, com um sistema de relato obrigatório de emissões
Estrutura geral dos mercados de carbono
Planejamento – Para serem eficazes, os sistemas de comércio de carbono precisam ser transparentes e previsíveis. Para isso, devem ser estabelecidos mecanismos de planejamento (funções) que definam os parâmetros do sistema de forma clara.
MRV – Definidos os parâmetros, é preciso quantificar as reduções de emissão realizadas pelos entes regulados. Isso é feito por meio de metodologias de monitoramento, relato e verificação (MRV), cujos protocolos podem ser baseados em inventários periódicos de emissão ou em formas simplificadas de aferição de reduções de emissão. Em ambos os casos, os procedimentos de MRV são de fundamental importância para dar qualidade à informação e às transações.
Mercado – Um aspecto central dos sistemas de comércio de carbono é a criação de novos mercados de títulos, que permitem a compra e venda de ativos relacionados ao direito de emitir uma determinada quantidade de GEE. Os ativos podem ser de dois tipos: permissões (ou licenças ou cotas) ou créditos de emissão, ambos conferindo o direito de emitir.
Quer entender mais sobre neutralização de carbono? Veja o vídeo abaixo!
COMO A ECCAPLAN PODE AJUDAR
A ECCAPLAN tem por objetivo auxiliar organizações na gestão da sustentabilidade, fornecendo um diagnóstico de suas atuações socioambientais, analisando riscos e oportunidades para cada negócio, a fim de melhorar a performance das organizações sob a ótica das melhores práticas de sustentabilidade do Brasil e do mundo.
Realizamos Inventários de Emissões utilizando a metodologia GHG Protocol e auxílio na renovação do licenciamento ambiental para CETESB.
A Eccaplan aplica a metodologia do GHG Protocol (The Greenhouse Gas Protocol – A Corporate Accounting and Reporting Standard) em seus inventários de emissões.
A ECCAPLAN também realiza Relatórios de Sustentabilidade com o objetivo de auxiliar organizações na gestão da sustentabilidade, fornecendo um diagnóstico de suas atuações socioambientais, analisando riscos e oportunidades para cada negócio, a fim de melhorar a performance das organizações sob a ótica das melhores práticas de sustentabilidade do Brasil e do mundo.
Conheça nossa História:
A Eccaplan Consultoria em Sustentabilidade, instalada dentro do Cietec (Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia), foi fundada em 2008 com o objetivo de desenvolver e implementar projetos socioambientais como: Programa de Gestão de Resíduos com o Sou Resíduo Zero, Relatórios de Sustentabilidade e Quantificação e Compensação de Gases de Efeito Estufa. Com o apoio do Ministério da Ciência & Tecnologia e da USP, foram desenvolvidos os programas de ação e educação contra as mudanças climáticas – Programa Evento Neutro e CO2 Neutro. Estes programas consistem em quantificar e compensar o impacto ambiental de shows, feiras, eventos corporativos, produtos, empresas, entre outros.
Conteúdo:
Me Thays do Nascimento
Marketing Eccaplan
thays@eccaplan.com.br
Fontes:
Confederação Nacional da Indústria. Mercado de carbono : análise de experiências internacionais / Confederação Nacional da Indústria. – Brasília : CNI, 2021. 88 p. : il. ISBN 978-65-86075-43-4.
CNN, disponível em <https://www-cnnbrasil-com-br.cdn.ampproject.org/c/s/www.cnnbrasil.com.br/nacional/empresas-que-nao-aderirem-ao-baixo-carbono-vao-ficar-para-tras-diz-especialista/?amp>
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